Foto: Eli Pio
Conforme está descrito na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, a saúde é um direito da população: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”. E a vacinação faz parte do conjunto de ações e serviços necessários para a promoção e a proteção da saúde, em todas as idades.
Por isso, o esquema vacinal é um dos itens observados pelos líderes da Pastoral da Criança em suas visitas às gestantes e crianças acompanhadas, para saber se todas as doses estão em dia. Além disso, a entidade incentiva campanhas e, também, convoca outras instituições a somar esforços nesta causa (como o Unicef, por exemplo).
Vacinação em gestantes
O esquema vacinal de cada pessoa começa ainda dentro da barriga da mãe. “As vacinas para as gestantes as protegem de doenças que podem se tornar potencialmente graves para sua própria saúde e também outras que podem ser transmitidas para o feto.Por isso, são tão importantes, para transmitir anticorpos para o bebê”, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai. Essas células de defesa (anticorpos) da mãe passam para a criança através da placenta e do leite materno. Entre as doenças que podem ser prevenidas, estão: tétano, difteria, gripe, hepatite B, raiva e rubéola.
Gary Stahl, representante do Unicef no Brasil, também destaca a importância da vacinação para todas as gestantes. Embora o vídeo abaixo seja de 2013, quando ainda não tinha vindo à tona o problema de falta de vacinas, suas orientações ainda são válidas.
Foto: Eli Pio
Vacinação em crianças
Assim que entram em contato com o mundo fora do ventre, as crianças precisam começar a desenvolver seus próprios anticorpos. “Eles vão sendo criados à medida em que há o contato com o material viral e com as bactérias”, diz Isabella – que ressalta que a maneira mais segura disso acontecer é por meio das vacinas, que possuem cargas controladas e não perigosas.
Já na maternidade, os bebês começam a receber as primeiras vacinas. “Depois que as crianças tomam essas vacinas, o corpo forma suas defesas, que são como soldadinhos que ficam protegendo a criança. Quando ela tem contato com a doença, o corpo já está com as defesas prontas para não deixar a doença se desenvolver”, explica a enfermeira da coordenação nacional da Pastoral da Criança, Regina Reinaldin.
Para evitar que a vacinação se torne um trauma, é essencial os pais demonstrarem tranquilidade e não mentirem para a criança. Cada dia de receber alguma dose é uma oportunidade de informá-la que a vacina é uma proteção contra várias doenças e que faz bem para a saúde. Dizer que vai doer, mas só um pouquinho e que passa rápido, é importante para que a criança confie na pessoa responsável que a está acompanhando. Um beijo e um abraço carinhoso também ajudam a manter a calma.
Este tema foi trabalhado na reportagem especial da quarta edição da Revista Pastoral da Criança, que apresenta mais informações.