Narração de histórias

Objetivo: Desenvolver a capacidade de escutar e de nos conectarmos uns com os outros entrando juntos no mundo dos contos.
Resultado: Os participantes experimentam a sensação de abrir-se ao mundo da imaginação e cultivam sua capacidade de escutar. Aprendem a valorizar o patrimônio cultural que é transmitido através dos contos.
Material: Escolha histórias adequadas na seção Recursos/Histórias, página 123. Você também pode escolher contos populares de sua cultura ou de tradições religiosas. Crie uma atmosfera relaxante e cálida.
As diretrizes a seguir foram adaptadas do livro Handbook for Story Tellers. [1]

Atividade

Crie um ambiente adequado para contar histórias. Pode ser em volta de uma fogueira, em um parque onde os ouvintes estejam em contato com a natureza ou em um lugar tranquilo. Você pode usar velas, incenso, instrumentos musicais como violão ou bongôs ou colocar uma música tranquila para iniciar a narração.
Às vezes é necessária uma breve introdução ou alguma informação esclarecedora para que os ouvintes possam compreender o conto. Indique sempre a procedência da história: se provém de outro narrador de histórias, de um livro, etc.
Talvez seja útil definir uma frase padrão para iniciar ou terminar a história. Por exemplo, segundo o costume nas Índias Ocidentais, para apresentar o conto, o narrador diz: “cric”, e os ouvintes respondem: “crac” (que significa “queremos escutar sua história”).
Para finalizar pode-se usar algo como: “entrou pelo bico do pato, saiu pelo bico do pinto, quem quiser que conte cinco”. E assim termina o conto.
O conto também pode ser iniciado com a frase mágica: “Era uma vez...”. Em árabe se começa a contar uma história dizendo: “ken ye me ken “ (foi e não foi), e assim todo mundo sabe que chegou o momento de ouvir um conto. No Irã, quando algumas pessoas vão contar um conto, começam dizendo: “yeki bud, yeki nabud ” (houve uma vez e não houve).
Mantenha o contato visual com seus ouvintes. Fique atento a uma possível inquietude das crianças. Se o conto não vai bem, talvez você tenha escolhido uma história que não seja apropriado para esse grupo. Quando isso acontecer, tente encurtar a narrativa e terminá-la o quanto antes. Você também pode parar a narração onde achar conveniente e sugerir que as crianças descubram como a história termina lendo o livro.
Se as crianças desconhecerem determinadas palavras ou perguntarem o que significa uma palavra, tente incorporar uma breve definição no conto. Se todo o grupo começar a mostrar-se inquieto, não fique bravo com eles; não permita que a situação termine em uma experiência desagradável para todos. Analise o problema. Talvez o conto que escolheu não seja adequado para os ouvintes ou seja longo demais. Pode haver também fatores externos que estejam interferindo com a capacidade de concentração das crianças.
Com os menorzinhos pode ser divertido usar um avental para contar a história. Um avental de carpinteiro que tenha bolsos pode servir. Guarde em cada bolso um objeto que represente um conto; por exemplo, uma pedra para a história da sopa de pedras. Peça a uma das crianças que escolha um bolso e conte o conto correspondente. Você também pode usar alguns acessórios simples, mas não permita que distraiam a atenção da narração.

Peça aos participantes que escrevam sobre essa atividade em seus  Cadernos de Aprendizagem