Criar o ambiente apropriado
O programa exige um ambiente apropriado para o compartilhamento e a expressão de opiniões, ideias e crenças, tanto antes quanto durante o exercício.
> Verifique se o lugar escolhido permite realizar atividades experimentais e práticas.
> Certifique-se de que nas salas utilizadas não há nenhum objeto religioso de uma tradição específica. O espaço deve ser neutro e receptivo a todas as crenças e modos de pensar.
> Informe os participantes sobre a realização da oficina e suas atividades com pelo menos uma semana de antecedência. Entregue-lhes o folheto descrito na página 37, que explica os objetivos do programa, a programação e outras informações práticas relevantes. O folheto os ajudará a se prepararem para o programa e a formarem suas próprias expectativas.
> Reserve algum tempo no início do programa para que os participantes se conheçam. Use técnicas de descontração para estabelecer a confiança entre eles. > Peça aos participantes que criem suas próprias regras básicas. Estas se referem a acordos estabelecidos em comum sobre procedimentos de trabalho, utilização do tempo ou formas de comunicação que permitam ao grupo interagir como uma equipe. A elaboração dessas regras básicas pode fortalecer a sinergia no grupo e proporcionar uma sensação de envolvimento com o programa. Estabeleça regras básicas por meio de uma troca livre de ideias entre os participantes.
> Avalie continuamente a motivação do grupo e tenha sempre à mão técnicas de descontração destinadas a reestabelecer e manter a concentração e a energia dos participantes.
> Estimule a participação de pessoas que pertençam a grupos minoritários e realize atividades que promovam a inclusão e a interação constante.
> Use as pausas para cafezinho, o tempo das refeições e as tardes após as sessões oficiais para criar oportunidades de interação entre os participantes. Esses momentos melhorarão o processo de compreensão e descoberta mútua.
> Garanta que as ideias, opiniões e sugestões dos participantes sejam levadas em consideração e se reflitam nos resultados e nas atividades do programa. Isso facilitará a tarefa de criação conjunta de conhecimentos e fará com que os participantes se sintam valorizados e reconhecidos.
> Conclua o programa com uma atividade que aumente a motivação e sirva como um encerramento apropriado. Use um poema ou uma oração inter-religiosa para a cerimônia de encerramento e prepare uma apresentação com música e fotografias da oficina.
> Estimule a criação de uma rede de contatos e de amigos entre os participantes e convide-os a continuar o diálogo após a conclusão do programa.
Ser um modelo de conduta
É importante ser um bom modelo de conduta. A maneira com que você trata os participantes será um indício importante de como eles se tratarão mutuamente. Portanto, trate-os sempre com respeito e transparência. As crianças e os adolescentes imitam as pessoas de quem se sentem próximas e aquelas cujas ações e palavras são coerentes e honestas. Portanto, cabe a você demonstrar valores e formas de pensar positivos e a agir de maneira aberta, acolhedora e inclusiva. Os bons modelos de conduta inspiram os outros a refletirem sobre quem são e quem querem ser e motivam as pessoas a encontrar soluções para situações difíceis. Isso é especialmente importante com crianças e adolescentes, e ainda mais na educação ética, que busca fomentar uma cultura de paz. Bons modelos de conduta, portanto, podem multiplicar o efeito de Aprender a Viver Juntos.