A infância e a educação ética

Em maio de 2000, a Fundação Arigatou inaugurou a Rede Global de Religiões pelas Crianças (GNRC, na sigla em inglês) com o propósito de promover a cooperação entre pessoas de diferentes religiões envolvidas com atividades destinadas a contribuir para o bem-estar das crianças e a defesa de seus direitos.
A GNRC colabora estreitamente com pessoas de fé, bem como com organismos internacionais, governos, ONGs, acadêmicos, dirigentes empresariais e homens, mulheres e crianças de ambientes muito diversos. Mediante a conscientização e a colaboração, a GNRC promove um movimento em escala mundial voltado para a criação de um ambiente melhor para a infância no século XXI.
A comunidade internacional tem acolhido muito favoravelmente as iniciativas inter-religiosas voltadas especificamente para a infância, e a Fundação Arigatou colabora estreitamente com as Nações Unidas em seu trabalho em prol dos direitos das crianças. Por ocasião da Sessão Especial das Nações Unidas a favor da Infância, realizada em maio de 2002, o Reverendo Takeyasu Miyamoto, dirigente do Myochikai, presidente da Fundação Arigatou e fundador da GNRC, dirigiu-se em nome desta à sessão plenária da Assembleia Geral. Em sua exposição, o Reverendo Miyamoto propôs a criação do Conselho Inter-religioso de Educação Ética para as Crianças. Esse Conselho seria integrado por pessoas de fé, educadores e outras pessoas que, junto com as Nações Unidas, colaborariam para tornar o desenvolvimento espiritual da infância – seus valores éticos e sua estima pelas pessoas de religiões e civilizações diferentes – um componente essencial da “educação de qualidade” prometida no documento final da Sessão Especial, “Um mundo apropriado para as crianças”.
Para examinar a ideia de criar um conselho desse tipo, a GNRC manteve reuniões periódicas, para as quais foram convidados especialistas em ética e educação, representantes do UNICEF e da UNESCO e outros dirigentes e acadêmicos interessados. O Conselho Inter-religioso de Educação Ética para as Crianças foi formalmente constituído, com o respaldo do Reverendo Miyamoto, no Segundo Fórum da GNRC, realizado em Genebra, Suíça, em maio de 2004.

Como Aprender a Viver Juntos foi desenvolvido

O Conselho Inter-religioso de Educação Ética para as Crianças promove a educação ética por meio de uma aprendizagem intercultural e inter-religiosa que ajude as comunidades e as sociedades a conviverem em paz, em um ambiente de respeito aos outros e de dignidade para todos os seres humanos. Foi com esse ânimo que Aprender a Viver Juntos foi criado.
Em seu desejo de promover uma cooperação genuína entre pessoas de diferentes religiões, o Conselho Inter-religioso de Educação Ética para as Crianças convidou um grupo de especialistas, pedagogos e educadores pertencentes a diferentes tradições religiosas e leigas a se unirem para criar este recurso.
O grupo se inspirou na concepção da diversidade como algo que nos enriquece e que nos permite aprender mais não apenas sobre os outros, mas também sobre nós mesmos.
Aprender a Viver Juntos se guia pelo compromisso geral de salvaguardar a dignidade humana. Seus objetivos são fortalecer na infância o compromisso com a justiça, o respeito aos direitos humanos e a criação de relações harmoniosas entre as pessoas e no seio das sociedades. Aprender a Viver Juntos dota os dirigentes e educadores de jovens em todo o mundo de ferramentas para o estabelecimento de um programa intercultural e inter-religioso que permita às crianças e aos adolescentes desenvolver um sólido senso de ética. Foi concebido com a finalidade de ajudar os jovens a compreenderem e respeitarem as pessoas de outras culturas e religiões, estimulando neles um sentimento de que pertencem a uma comunidade mundial. A criação deste recurso é fruto de uma estreita colaboração com o UNICEF e a UNESCO.
O título Aprender a Viver Juntos foi escolhido como referência a um dos quatro pilares de Educação: um tesouro a descobrir, o relatório da Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI apresentado à UNESCO por Jacques Delors⑴.

Onde Aprender a Viver Juntos pode ser usado

Aprender a Viver Juntos foi concebido para utilização em diferentes contextos religiosos e seculares por todos aqueles que se interessem pela promoção da ética e dos valores. O objetivo foi criar um recurso que fosse relevante em nível mundial e, ao mesmo tempo, suficientemente flexível para ser interpretado em diferentes contextos culturais e sociais.
Este recurso foi testado em muitas regiões e contextos culturais diferentes para garantir sua relevância em contextos regionais e locais (vide a Seção ‘Como fizemos’, pág. 187). Oficinas-piloto foram realizadas em dez países, nos quais a GNRC conseguiu congregar diversas organizações religiosas e leigas que trabalham com a infância. Nessas oficinas-piloto, este manual de referência foi usado para beneficiar mais de 300 crianças e adolescentes representando as religiões tradicionais africanas, a Fé Bahá’í, o budismo, o cristianismo, o hinduísmo, o islamismo e o judaísmo, bem como praticantes do Brahma Kumaris e algumas pessoas leigas. As oficinas-piloto, assim como as opiniões e comentários de especialistas no âmbito da educação, ética, espiritualidade, formação intercultural e inter-religiosa e direitos da criança, proporcionaram importantes experiências e oportunidades de aprendizagem para o desenvolvimento deste recurso.
O impacto de Aprender a Viver Juntos já se faz notar. Em um programa da GNRC implantado em Israel, o material foi empregado durante uma viagem de seis dias realizada por um grupo de jovens judeus, cristãos e muçulmanos a lugares históricos em Israel e na Palestina, todos de grande importância simbólica para o conflito nessa região. A cada parada, os participantes discutiam seus valores e pontos de vista divergentes sobre sua história compartilhada. Este é seu resumo da experiência:
“Juntos participamos em uma experiência de profunda aprendizagem que nos permitiu conhecer melhor a história, a cultura e as crenças uns dos outros, fortalecendo ao mesmo tempo nossa própria identidade e formando opiniões mais firmes e mais bem fundamentadas. Tratamos as questões espinhosas e difíceis sem prejudicar as relações dentro do grupo e sem recorrer a argumentos ofensivos ou a enfrentamentos. Talvez tenha sido apenas um pequeno passo no esforço para derrubar os muros fortificados de isolamento que separam os diferentes grupos nacionais e religiosos em nosso país, mas foi um passo importante e proveitoso. No clima atual de desesperança, pequenos passos como esses são raros e preciosos. Todos deveríamos nos sentir orgulhosos por termos tido o privilégio de participar.”
Kalpana, de 15 anos, de Nova Delhi, Índia, que participou de um seminário de educação ética com uma semana de duração realizado na Índia em que o material de referência foi utilizado, expressou a seguinte opinião:
“Eu já sabia o que era o respeito aos outros quando cheguei aqui, mas agora começo a aprender o que realmente significa e o que, em termos de atitudes e ações, exige de nós, adolescentes hindus, muçulmanos e cristãos, se desejamos trabalhar unidos para melhorar nossas comunidades.”
Mohammed, queniano de 16 anos, colocou em prática o que aprendeu em uma oficina-piloto de educação ética para formar um Clube da Paz no norte do Quênia. Nele reuniu os jovens de sua aldeia com a finalidade de encontrar alternativas não violentas aos diversos problemas que ameaçam a aldeia, mobilizando um ativo movimento de jovens com o objetivo de realizar mudanças em prol da paz.
Na instável região fronteiriça que separa a Colômbia do Equador, foi realizada uma oficina de educação ética voltada para professores, pais e crianças. Usando estudos de casos, dramatizações e debates, os participantes analisaram questões controvertidas, exploraram alternativas não-violentas e se comprometeram pessoalmente a contribuir com a paz. Uma das facilitadoras colombianas fez os seguintes comentários sobre o resultado dessa oficina:
"Infelizmente, os efeitos do violento conflito que afeta a Colômbia estão profundamente enraizados na conduta e nas atitudes de algumas das crianças diretamente afetadas pela situação. Isso pode torná-las rancorosas e intolerantes. Foi muito satisfatório ver como crianças deslocadas da Colômbia que viviam
no Equador compartilharam suas experiências e temores e fizeram propostas sobre como serem mais respeitosas com os outros, aceitando as diferenças e respondendo de forma não violenta mesmo quando seus direitos são desrespeitados. Elas descobriram que podem ser parte da solução e não do problema.”
Aprender a Viver Juntos
é um recurso adaptável que pode ser usado com crianças provenientes de diferentes contextos culturais, religiosos e sociais para desenvolver valores comuns e o respeito mútuo pelas diferentes tradições e culturas. Este recurso permite criar o espaço necessário para estimular o potencial de espiritualidade inerente às crianças e a esperança em um mundo melhor, como uma contribuição para melhorar a situação das crianças em todo o mundo. O Guia do Usuário na Seção 1 contém todas as informações necessárias para o seu uso.
A UNESCO e o UNICEF participaram em regime de estreita colaboração no desenvolvimento de Aprender a Viver Juntos e deram seu aval ao material como uma contribuição importante para uma educação de qualidade que leve em consideração o caráter multicultural e multirreligioso da sociedade⑵.
As Diretrizes para a Educação Intercultural da UNESCO respaldam a filosofia e o conceito deste recurso:
“A educação religiosa pode ser descrita como a aprendizagem sobre a religião ou práticas espirituais próprias ou a aprendizagem sobre as religiões ou crenças de outros. A educação inter-religiosa, ao contrário, tem por objetivo o desenvolvimento ativo das relações entre pessoas de religiões diferentes.”⑶

A infância como obrigação ética coletiva

"A qualquer momento, existem no mundo todo aproximadamente dois bilhões de crianças vivendo  entre nós. Dois bilhões de corpos e mentes jovens que guardam um enorme potencial humano e que consideramos, em seu conjunto, merecedores de nossa atenção.”⑷
Vivemos rodeados da beleza e das maravilhas da criação, do milagre da existência e do enorme potencial dos seres humanos para enriquecer a vida, tornando-a uma benção para todos. Entretanto, vivemos também em um mundo no qual a violência e a guerra, a pobreza e a injustiça são endêmicas.
O crescimento e desenvolvimento das crianças abrange dimensões físicas, psíquicas, sociais, culturais, espirituais, religiosas e ambientais. Infelizmente, a pobreza, a falta de acesso aos serviços básicos e à educação, a doença e a desnutrição ainda afetam muitas de nossas crianças.
A Convenção sobre os Direitos da Criança estabelece os direitos de manifestar-se e ser ouvida sobre as questões que a afetam (artigo 12), afirmando o seguinte:
“A criança deve estar plenamente preparada para uma vida independente na sociedade e deve ser educada de acordo com os ideais proclamados na Carta das Nações Unidas, especialmente com espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade, igualdade e solidariedade.”
Afirma também:
“Tendo devidamente em conta a importância das tradições e valores culturais de cada povo para a protecção e o desenvolvimento harmonioso da criança”;⑸
Cada criança é em si mesma uma promessa, um presente sagrado, uma manifestação viva do futuro. Em consequência, nosso desafio é como empoderar a criança e aprimorar sua habilidade inata de levar uma vida positiva e cheia de esperança.
A iniciativa de Educação Ética Inter-religiosa aborda este desafio guiada por sua visão particular:
“Temos a visão de um mundo onde todas as crianças tenham a possibilidade de desenvolver sua espiritualidade, abraçando valores éticos, aprendendo a viver em solidariedade com gente de diferentes religiões e civilizações e fortalecendo sua fé naquilo que as pessoas conhecem como Deus, a Realidade Última ou a Presença Divina.”⑹
A iniciativa de Educação Ética Inter-religiosa sustenta ainda a seguinte crença:
“A educação ética fortalecerá a habilidade inata das crianças para contribuir de forma positiva para o bem-estar de seus companheiros, suas famílias e suas comunidades, o que, por sua vez, ajudará toda a família humana a prosperar em um ambiente de mais justiça, paz, compaixão, esperança e dignidade.”⑺
O cuidado de todas as crianças é não apenas um ideal, mas também uma obrigação ética coletiva.

Crianças: um presente e uma responsabilidade

Em certo sentido, nossas crianças “nos pertencem”. Nós as trazemos ao mundo; elas se encontram sob nossos cuidados. Entretanto, não são nossas; são pessoas por direito próprio, prontas para desabrochar naquilo que virão a ser. Assim expressou Khalil Gibran em O Profeta:
"E uma mulher que acalentava um bebê disse: “Fale-nos de crianças...”
E ele disse:
Tuas crianças não são tuas crianças.
Elas são os filhos os e filhas da Vida que anseia por si mesma.
Elas vieram através de ti mas não de ti,
e a despeito de estarem contigo, elas não te pertencem.
Tu podes dar-lhes teu amor mas não teus pensamentos,
pois elas têm seus próprios pensamentos.
Tu podes hospedar seus corpos mas não suas almas,
pois suas almas habitam na casa do amanhã,
que não podes visitar, mesmo em teus sonhos.
Tu podes empenhar-te para seres como elas,
mas não tentes fazê-las serem como tu,
pois a vida não caminha para trás nem coabita com o ontem. (...)⑻
Cada pai e mãe, cada adulto, enfrenta um dilema. Por um lado, as crianças nos são dadas como um presente; encontram-se sob nosso cuidado e temos a responsabilidade e a oportunidade de orientá-las em seu percurso até a idade adulta. Ao mesmo tempo, não desejamos impor-lhes nossos pontos de vista, já que isso poderia restringir sua liberdade para fazer frente à vida tal como lhes é apresentada, aprender dela e construir seus próprios valores. Devemos criar e educar as crianças inculcando-lhes o sentido da responsabilidade, discernimento e humildade, porque devemos isso a elas e ao mundo.

As crianças aprendem o que vivem

O processo de aprendizagem das crianças começa desde que nascem: o ambiente em que vivem, as experiências por que passam e os exemplos de comportamento que lhes proporcionamos contribuem para formar a imagem que têm de si mesmas e do mundo. O conhecido poema As crianças aprendem
o que vivem reflete essa realidade:
Se a criança vive com críticas,
Ela aprende a condenar.
Se a criança vive com hostilidade,
Ela aprende a agredir.
Se a criança vive com zombarias,
Ela aprende a ser tímida.
Se a criança vive com humilhação,
Ela aprende a se sentir culpada.
(Mas,)
Se a criança vive com tolerância,
Ela aprende a ser paciente,
Se a criança vive com incentivo,
Ela aprende a ser confiante.
Se a criança vive com elogios,
Ela aprende a apreciar.
Se a criança vive com retidão,
Ela aprende a ser justa.
Se a criança vive com segurança,
Ela aprende a ter fé.
Se a criança vive com aprovação,
Ela aprende a gostar de si mesma.
Se a criança vive com aceitação e amizade,
Ela aprende a encontrar amor no mundo.⑼
O segredo de toda aprendizagem é a experiência, nossa melhor professora. Essa é uma verdade que não deve ser esquecida. As crianças não nascem em um mundo ideal, e seu processo de aprendizagem consiste em observar, experimentar, avaliar, integrar e responder a muitas forças sobre as quais elas ou seus pais possuem quase nenhum controle. Realidades complexas, valores conflitantes, afirmações antagônicas oferecidas como verdades e alternativas confusas competem por sua lealdade. Essa realidade acarreta uma profunda necessidade de meios que permitam educar e empoderar as crianças, dotando-as de valores que as ajudem a tomar as decisões certas.

Educação ética e direitos humanos

A visão e a missão do Conselho Inter-religioso concordam em particular com aqueles artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos que abordam: o direito à liberdade de pensamento e credo, opinião e expressão; à educação, ao descanso e ao lazer; a um nível de vida adequado e à atenção médica; e à participação na vida cultural da comunidade. O Conselho Inter-religioso também apoia integralmente a Convenção sobre os Direitos da Criança. Aprender a Viver Juntos responde de maneira específica ao artigo 29, no qual se estipula que a educação da infância deverá ter como objetivos:
a) Promover o desenvolvimento da pessoalidade da criança, dos seus dons e aptidões mentais e físicos na medida das suas potencialidades;
b) Inculcar na criança o respeito pelos direitos do homem e liberdades fundamentais e pelos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas;
c) Inculcar na criança o respeito pelos pais, pela sua identidade cultural, língua e valores, pelos valores nacionais do país em que vive, do país de origem e pelas civilizações diferentes da sua;
d) Preparar a criança para assumir as responsabilidades da vida numa sociedade livre, num espírito de compreensão, paz, tolerância, igualdade entre os sexos e de amizade entre todos os povos, grupos étnicos, nacionais e religiosos e com pessoas de origem indígena;
e) Promover o respeito da criança pelo meio ambiente.
A Convenção sobre os Direitos da Criança constitui um guia para nos aproximar da infância de um modo responsável. Na Convenção sobre os Direitos da Criança, apoiada por todas as Nações e ratificada por todas menos duas, destacam-se três âmbitos relacionados aos direitos da infância.
Todas as crianças têm direito:
> à vida, à saúde, à educação e ao desenvolvimento
> à segurança e à proteção
> à participação
A Convenção sobre os Direitos da Criança contém quatro princípios gerais cuja finalidade primordial
é salvaguardar os direitos da infância:
> o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento
> o direito à não discriminação
> o direito a ser escutado
> o interesse prioritário da criança
Aprender a Viver Juntos foi criado com a finalidade de contribuir para a concretização do direito das crianças à educação e ao desenvolvimento físico, psíquico, espiritual, moral e social pleno e saudável, como estipula a Convenção sobre os Direitos da Criança.

 

1. Delors, Jacques, Al Mufti, In’am; Amagi, Isao; Carneiro, Roberto; Chung, Fay; Geremek, Bronislaw; Gorham, William; Kornhauser, Aleksandra; Manley, Michael; Padrón Quero, Marisela; Savané, Marie Angélique; Singh, Karan; Stavenhagen, Roberto; Myong Won Suhr; Zhou Nanzhao. Educação: um tesouro a descobrir; relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Publ: 1998; 288 p. www.dominiopublico.gov.br
2. www.unesco.org/education e http://unesdoc.unesco.org/images/0016/001610/161059E.pdf
3. Guidelines for Intercultural Education, UNESCO, pág. 14
4. Kul Gautam, Towards a World Fit for Children, WCC Journal on Health and Healing, Edição N° 179, janeiro de 2005, pág. 5
5. Prefácio da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança.
6. Documento da Visão do Conselho Inter-religioso de Educação Ética para as Crianças
7. Ibid.
8. Khalil Gibran, The Prophet, Capítulo: As crianças. Arrow Books Ltd., Nova York, 1991
9. Dorothy Law Nolte, Children Learn What They Live, (“As Crianças Aprendem O Que Vivem”) Workman Publishing Company,
Nova York, 1998.