Com o acompanhamento da Pastoral da Criança, Marinalva Muniz conseguiu ter o filho de parto normal
Em um “Mutirão em busca das gestantes” realizado no município de Santa Inês (MA), na comunidade Nossa Senhora de Nazaré – Vila Militar, foi encontrada Marinalva Muniz, de 24 anos, já no sétimo mês da terceira gestação. Ela tinha varizes muito grossas (entre 6 e 8cm) em toda perna e na virilha, com risco de trombose e dificuldade de locomoção. Neste estado, ela estava sem pré-natal e nenhum acompanhamento.
De acordo com a gestante, ela tinha ido ao posto de saúde e não havia médico. No posto, constava que ela foi à primeira consulta no terceiro mês de gestação e não tinha voltado. E nenhum agente de saúde havia passado na casa de Marinalva.
Determinação das missionárias
As missionárias Augusta Sousa Nogueira Romer, Mara Wanda Pereira e Icler Medeiros, no início de sua missão pela Pastoral da Criança naquela paróquia, descobriram o caso e foram até o posto de saúde investigar a situação. Depois desta conversa, a enfermeira e a agente de saúde foram até a casa da gestante. Ela foi encaminhada para fazer todos os tipos de exames e considerada como grávida de risco. E, então, direcionada para outro município, Monção (MA), com melhor estrutura médica, para ser acompanhada até o final da gravidez.
“Precisa insistir, ir atrás. Não podemos ficar omissas com os problemas das pessoas. É muito importante fazer o ‘Mutirão em busca das gestantes’ e a presença da Pastoral da Criança junto aos órgãos de saúde”, afirma Irmã Tereza Adamiec (conhecida como Irmã Carol), mais uma missionária, que coordena a Pastoral na região.
Com o apoio da equipe da Pastoral da Criança e com as condições adequadas, a mãe conseguiu realizar um parto normal e a criança nasceu saudável. Esta história é resultado de um dos mutirões realizados em 2014 e serve de exemplo para os que estão por vir em 2015 e nos próximos anos.
Dra. Zilda
“Tantas coisas boas são apontadas e devem ser cumpridas por lei, mas temos que avaliar se isso acontece nas nossas comunidades carentes e, se não, por que isso não está acontecendo”.
Papa Francisco
“Às vezes, nos fechamos em nós mesmos... Senhor, ajudai-nos a sair ao encontro dos outros, a servir os mais fracos”.
Acompanhamento: quanto mais cedo começar, melhor!
A cada três meses, os líderes de comunidades de todo o Brasil fazem um esforço extra para encontrar mais gestantes e orientá-las sobre a importância de iniciar o pré-natal assim que a gravidez é descoberta. Vale lembrar o quanto é fundamental que as gestantes sejam encontradas e recebam este acompanhamento, para que as famílias e os voluntários possam celebrar cada vez mais resultados positivos.
Soma de informações
Líder, você já tentou trocar informações com o serviço de saúde de sua cidade? Os profissionais podem ajudar a indicar onde tem gestantes, assim como os voluntários podem informar quais acompanham, para garantir que a assistência às crianças e futuras mães seja a mais completa possível.
Que histórias como a de Marinalva possam inspirar mais gente a se envolver com o “Mutirão em busca das gestantes”, a ajudar a divulgar a importância dos primeiros 1000 dias de vida (gestação + dois anos) e a valorizar a chegada de novas vidas.