De acordo com levantamento divulgado nesta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice de mortalidade materna obteve uma redução de 45%, considerando-se os números desde 1990. Mesmo assim, as complicações na gravidez e no parto são responsáveis por mais de 800 mortes a cada dia. Em 2013, 289 mil mulheres faleceram por essas causas.

99% dos casos ocorre em países em desenvolvimento, cuja taxa de mortalidade materna no ano passado foi de 230 para cada 100 mil nascimentos. Destacam-se os indicadores da Índia e da Nigéria (que somados representam um terço do total) e da África Subsaariana como um todo (mencionada como a região mais perigosa para se ter um filho). Já nos países desenvolvidos, a taxa foi de 16 falecimentos por 100 mil partos realizados.

Principais causas de morte

Outro estudo, da agência da ONU para a saúde, revela que entre as principais causas da morte de gestantes estão: hemorragia, hipertensão induzida pela gravidez, infecções obstruções e outras complicações durante o parto ou decorrentes de aborto. E 25% dos óbitos nesse contexto estão relacionadas a complicações pré-existentes, tais como obesidade, diabetes, malária e AIDS.

Além de chamar a atenção para os índices dos últimos anos, que ainda são elevados apesar da diminuição alcançada, os levantamentos da OMS e da agência da ONU ressaltam a importância do registro dos casos de mortalidade materna, pois muitos dados nem chegam a ser contabilizados. Apontam também para a necessidade de ações de combate às causas dessas mortes e disseminação de informações de saúde – trabalho que vem sendo desempenhado há 30 anos pela Pastoral da Criança e que precisa do apoio da sociedade.