Primeiro de dezembro é o dia Mundial de Luta Contra a Aids. Neste dia somos chamados a refletir sobre o impacto e implicações da infecção, as reivindicações feitas pela sociedade civil em termos de políticas públicas de saúde, bem como medidas e respostas dadas pelos órgãos governamentais.  Esta data vem sendo lembrada no Brasil a partir de 1988, sendo homologada pela OMS em outubro de 1997.

A Pastoral da Criança, em conjunto com a Pastoral da Aids, através da ação dos seus mais de 202 mil voluntários, orienta e incentivas as gestantes a realizarem, durante o pré-natal, o exame de HIV (vírus da imunodeficiência humana), que mostra a presença do vírus que causa a aids. O exame é realizado no 1° e 3° trimestre da gestação. Caso o resultado dê positivo, durante a gestação e na hora do parto, alguns cuidados são tomados para que o bebê possa nascer sem a contaminação do vírus.

O diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Anthony Lake, ressalta "hoje em dia, o fato de uma mulher grávida viver com o HIV não significa que seu bebê tenha o mesmo destino, nem que ela não possa levar uma vida saudável". A melhora na prevenção de novas infecções do vírus HIV entre os recém-nascidos foi uma das maiores conquistas na luta contra a Aids, já que o número de bebês com o vírus foi reduzido para a metade entre 2005 e 2012, ao passar de 540 mil para 260 mil novos casos.

Em 2012, 62% das mulheres grávidas infectadas com o vírus nos 22 países do Plano Mundial Contra a Aids receberam tratamento antirretroviral para evitar a transmissão para seus filhos, segundo o relatório A infância e a aids: inventário da situação em 2013, publicado nesta quinta-feira (28) em conjunto pelas agências Unaids e Unicef, por ocasião do Dia Mundial contra a Aids no próximo dia 1º de dezembro.

Dom Roberto Francisco Ferreira Paz, Bispo de Campos (RJ), em recente artigo publicado na CNBB, reforça a importância das ações que são desenvolvidas pelas Pastorais Sociais, "com esta proposta encaminhada a motivar o teste HIV, a Pastoral da Aids se une as iniciativas e reflexões do Dia Mundial de Luta contra Aids. Como vemos a informação e o diagnóstico célere e oportuno desta doença, possibilita um acompanhamento e um tratamento mais adequado e eficiente, com vantagens para o cuidado e superação desta epidemia", destaca Dom Roberto.

"Não é menos importante a educação para o amor, a auto estima e a responsabilidade nos relacionamentos, afirmando com São Paulo, que um grande amor espera e cuida da pessoa do amado. Esta doença será vencida com a cultura do encontro, do cuidado e da solidariedade fraterna, investindo no fortalecimento dos relacionamentos e vínculos familiares, na blindagem espiritual e na sobriedade e temperança no bem viver e no bem conviver. A fé num Deus misericordioso e bondoso que está sempre a nossa espera e volta, cuidando de nós com solicitude e ternura certamente estimulará aos irmãos soro positivos a lutarem pela vida com confiança e decisão", completa dom Roberto.