Quem pode utilizar Aprender a Viver Juntos?

Os usuários primários deste material de referência são todos aqueles que trabalham com crianças e adolescentes em ambientes educacionais formais, não formais e informais. Isso Inclui os menbros da GNRC, bem como comunidades religiosas e culturais, educadores religiosos, professores e instituições de formação.

Ambientes formais

As escolas podem empoderar as crianças e adolescentes por meio da inclusão de Aprender a Viver Juntos em seu currículo e do fornecimento de novas metodologias e atividades que fortaleçam o pensamento crítico dos estudantes. O emprego de Aprender a Viver Juntos nas escolas pode afetar positivamente a comunidade como um todo. A escola foi, e em algumas partes do mundo continua a ser, um centro comunitário onde as pessoas se juntam para atividades, tarefas de planejamento, reuniões e troca de ideias. Portanto, as escolas podem ser um lugar eficaz para fortalecer o sentido de comunidade e o aprendizado,
aumentando nossa compreensão e respeito mútuos.

Ambientes não formais

Os espaços de aprendizagem não formais que fornecem educação e qualificação a crianças e adolescentes que se encontram fora do sistema escolar, bem como a outras pessoas marginalizadas e vulneráveis (como refugiados, migrantes e órfãos), podem ser catalisadores de novas formas de aquisição de conhecimentos, atitudes positivas, tolerância e compreensão, podendo também promover mudanças de comportamento.
As organizações de base religiosa, grupos de jovens, clubes para a paz e instituições educacionais similares são importantes para promover a ética por meio da aprendizagem inter-religiosa e intercultural. Os jovens geralmente frequentam estes grupos voluntariamente para propor e discutir temas sociais em um ambiente aberto. Esses fatores tornam esses lugares ideais para ativar a capacidade dos jovens de responder às necessidades de suas sociedades.
Aprender a Viver Juntos pode ser adaptado facilmente aos programas de educação para a paz ou de direitos humanos, especialmente aqueles que enfatizam a aprendizagem intercultural e inter-religiosa e a promoção da dignidade humana. Debates, discussões abertas, cafés inter-religiosos, mesas redondas e iniciativas conjuntas podem se desenvolver mais facilmente em ambientes não formais, que oferecem oportunidades de estímulo ao pensamento crítico e ao diálogo inter-religioso.
Nos lugares onde é difícil organizar uma interação inter-religiosa oficial, seja devido à segregação ou aos conflitos religiosos, os ambientes não formais são necessários para promover a compreensão mútua e oferecer oportunidades de interação e diálogo.

Ambientes informais

A função do lar e da família na promoção do respeito e da compreensão entre diferentes grupos é fundamental. Uma forma de estimular crianças e jovens para que busquem e tentem estabelecer uma melhor maneira de “viver juntos” é atribuir um valor explícito à diversidade religiosa e cultural. As famílias são um ambiente que pode incentivar a valorização das diferenças e o desenvolvimento da identidade própria. Nesse sentido, pais e mães são importantes aliados potenciais para empoderar as crianças e os jovens.

Folheto para os participantes

Prepare um pequeno folheto para os participantes informando o conteúdo do programa, o que se espera deles, o que experimentarão e como devem se preparar para a jornada de aprendizagem. A distribuição do folheto aos participantes com alguma antecedência facilitará sua preparação, estimulará sua curiosidade e permitirá que articulem suas expectativas.
O que o folheto deve incluir?
1. Mensagem introdutória: Dê as boas-vindas aos participantes do programa e informe a duração, quem são os organizadores, o número de participantes, sua procedência e sua afiliação religiosa. Sublinhe a importância que tem a participação de cada um deles para o sucesso do programa.
2. Objetivos: Descreva o que se espera conseguir ao final do programa. Use objetivos SMART (específicos, mensuráveis, atingíveis, realistas e oportunos).
3. Programação: Forneça informações específicas sobre a duração de cada sessão. Lembre-se de incluir intervalos para descanso, refeições, lazer e passeios.
4. Explicação das sessões: Explique o objetivo das sessões e como o participante pode se preparar para elas, incluindo também outras informações logísticas necessárias para cada sessão.
5. Caderno de Aprendizagem: Explique aos participantes que, como parte dessa jornada de aprendizagem, deverão manter um registro – um Caderno de Aprendizagem – sobre suas experiências durante o percurso.
6. Informações práticas: Se é um acampamento de verão ou uma oficina, lembre-se de informar os participantes sobre o local, o clima, os tipos de roupas que deverão trazer e as instalações disponíveis - por exemplo, telefone público, áreas verdes, acesso à Internet. No caso de um programa escolar, lembre-se de fornecer informações sobre possíveis visitas de campo e os tipos de atividades ao ar livre que serão realizadas, caso estejam incluídas.
É importante que o folheto seja atraente para os participantes e as informações sejam apresentadas de maneira clara e concisa.

 

 

7. A educação oficial ocorre nas escolas e nas instituições de formação; a educação não oficial, nos grupos comunitários, comunidades religiosas e outras organizações; e a educação informal abrange todo o restante – por exemplo, interações com amigos, família e colegas de trabalho. A distinção é basicamente administrativa, mas serve para abranger todos os aspectos da aprendizagem ao longo da vida.