Em cada quiosque há uma placa de parada ou de descanso para lembrá-lo de pedir aos participantes que escrevam em seus Cadernos de Aprendizagem e avaliem o progresso obtido. São os participantes que realizam estas avaliações, não os facilitadores. A avaliação do progresso é baseada na autoavaliação e na reflexão; os participantes devem associar a aprendizagem ao seu próprio contexto. Os participantes, portanto, são responsabilizados por sua própria aprendizagem, o que é, por si só, uma forma de empoderação.
Cabe a você, como facilitador, desenvolver uma avaliação do impacto do programa sobre os participantes em termos de mudanças de atitudes, conhecimentos e aptidões nos níveis pessoal, interpessoal e social. Essa avaliação deve levar em conta a internalização dos valores e as associações feitas por cada participante entre a aprendizagem e sua própria realidade. Um modelo de avaliação de impacto é fornecido na página 61.
É importante que a equipe de facilitadores também passe por um processo de autoavaliação após cada sessão, para analisar sua própria aprendizagem e os resultados gerais do exercício.
Use um formato de avaliação para determinar as impressões imediatas dos participantes em termos de logística, conteúdo do programa e aprendizagem (veja a página 228).

Com quem Aprender a Viver Juntos deve ser utilizado?

Aprender a Viver Juntos foi criado para ser utilizado com crianças e jovens com mais de 12 anos de idade. Você pode selecionar as metodologias e atividades mais apropriadas com base na faixa etária. Todas foram projetadas para serem adaptáveis a diferentes contextos culturais e sociais. As metodologias e o processo de aprendizagem ajudam as crianças e adolescentes a desenvolverem compromissos pessoais e um planejamento conjunto com base em suas próprias capacidades, de modo que possam fazer uma diferença em suas sociedades. Aprender a Viver Juntos foi concebido para ser usado principalmente com grupos inter-religiosos; em condições ideais, representantes de pelo menos duas tradições religiosas deverão estar presentes. Como isso nem sempre será possível, nesses casos torna-se ainda mais importante garantir a tolerância e o respeito às outras religiões, crenças, tradições e culturas.

Onde Aprender a Viver Juntos pode ser utilizado?

Este guia pode ser utilizado para diferentes finalidades e em diferentes ambientes:

1. Os módulos de aprendizagem podem ser implementados em oficinas, conferências ou seminários. Os quiosques temáticos de cada módulo devem ser seguidos e adaptados ao tempo disponível, aos participantes e ao ambiente.
2. Os módulos de aprendizagem podem ser adaptados para utilização em um currículo escolar. As atividades podem ser introduzidas como parte de cursos de religião ou ética. Por exemplo, você pode selecionar um caminho de aprendizagem para cada módulo e executar uma ou mais atividades de cada quiosque temático ao longo de um período de vários meses. Também é possível adaptar os quiosques temáticos individuais para complementar determinadas disciplinas.
3. Os módulos podem ser utilizados em acampamentos de verão para crianças e adolescentes. Os módulos podem contribuir para uma experiência de aprendizagem mais abrangente entre pessoas de diferentes religiões e culturas. Os quiosques de cada módulo podem servir também como temas para as atividades de acampamentos de verão.