A Pastoral da Criança, em suas orientações e materiais, sempre destaca as vantagens do parto normal para a mãe e para o bebê. Uma gestante que realiza um bom acompanhamento médico durante o pré-natal, faz os exames indicados e recebe as orientações necessárias, garante a sua saúde e a do bebê que vai nascer.

Pesquisa divulgada esta semana em diversos meios de comunicação, mostra que cientistas de 25 países estudaram o impacto do alto número de cesarianas realizadas. O estudo analisou 2,8 mil partos ao longo de oito anos e seu resultado - publicado no fim do ano passado – mostra os riscos desse tipo de parto e também derruba algumas das justificativas utilizadas para a realização das mesmas.

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Pré-natal ajuda mãe e bebê a terem mais saúde

 

Com o acompanhamento médico no pré-natal (pelo menos seis consultas), a gestante deve realizar os exames indicados e receber orientação necessárias, pois com todos os cuidados e atenção que este período exige, é muito grande a possibilidade de a gestante ter um parto normal.

 

O estudo "Morte materna no século 21", publicado em 2008 no periódico American Journal of Obstetrics and Ginecology , mostra que a cesárea é em geral mais arriscada e pode trazer prejuízos para a mãe e o bebê. O estudo analisou 1,46 milhão de partos e encontrou um risco de óbito dez vezes maior para a gestante em cesarianas. Enquanto a taxa de morte em partos normais foi de 0,2 para 100 mil, no caso das cesáreas chegou a 2,2 por 100 mil.

 

Campeão mundial em cesáreas - a técnica representa cerca de 70% dos partos ocorridos no país, o Brasil poderia reduzir os altos índices de mortalidade materna apenas adotando medidas que dispensam ou requerem o mínimo de intervenção cirúrgica para se dar à luz. Nessa nova postura preventiva, as vantagens do parto humanizado ganham cada vez mais espaço entre profissionais e gestantes. Outra medida apontada para reduzir os altos números de cesarianas é o plano de parto, onde a gestante indica suas preferencias e como quer realizar o seu parto.

 

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Pastoral da Criança incentiva o parto normal

 

A Pastoral da Criança incentiva o parto normal e apoia as diversas campanhas realizadas pelo Ministério da Saúde para reduzir o percentual de cesarianas, que já representa 43% dos partos realizados no Brasil no setor público e no privado. Muitas mulheres, ou seus médicos, fazem a opção pela cesariana  quando este parto cirúrgico poderia ser evitado.

 

Conheça a importância do cuidado nos "primeiros mil dias da criança"

 

“Se tudo correr bem na gestação, é importante esperar que a mulher entre em trabalho de parto” ressalta Clóvis Boufleur, gestos de relações institucionais da Pastoral da Criança e representante da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) no Conselho Nacional de Saúde. De acordo com especialistas, a idade gestacional de menor risco para a criança está entre 39 e 41 semanas. Nascimentos anteriores a esta data – mesmo com 37 ou 38 semanas, ou após 41 semanas, apresentam maior risco de doenças para o bebê. Indução de parto ou cesariana antes de 39 semanas não devem ser realizadas, a não ser que o risco para o recém-nascido ou a mãe seja muito elevado – como sofrimento fetal, sangramento, eclâmpsia.