Estamos no terceiro domingo da Quaresma. Lembro que a Quaresma é um tempo de reflexão
e conversão. A passagem do Evangelho de hoje tem muito a nos ensinar sobre isso. Lucas narra que Jesus contou uma parábola que falava de um homem que tinha uma figueira plantada na sua vinha, mas que estava muito decepcionado, porque a figueira não dava frutos. Então, mandou cortá-la, dizendo: “Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?”. O empregado respondeu rapidamente dizendo: “Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; e, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar”.
O que podemos aprender desse texto? Muitas coisas. A figueira está plantada em uma vinha. Era comum entre os judeus que figueiras fossem plantadas em vinhas. Do que o patrão reclamou? Da falta de frutos e da ocupação inútil do solo. Isto é: além de não produzir fruto, a figueira estéril causava prejuízo, porque ocupava um espaço no solo que poderia ser utilizado de outra forma. Mas observando o diálogo é possível perceber que o homem que cuidava da vinha tinha um interesse especial por essa figueira. Ele não só pediu para que ela não fosse cortada, como também se prontificou a fazer de tudo para que a árvore produzisse algum fruto.
a montanha para rezar e leva consigo alguns discípulos. Enquanto reza, Jesus se transfigura e se mostra glorioso. O seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Ali, Deus testemunhou novamente que Jesus era de fato o enviado para resgatar a humanidade e nos garantir a Salvação.
Lucas, fala das tentações de Jesus no deserto. “Naquele tempo: Jesus cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias.” Jesus está para iniciar a sua missão.
difíceis de realizar. Jesus fala de um cego que tem a ousadia, ou a arrogância, de querer conduzir outro cego. E fala também de um homem que tem uma trave nos próprios olhos e quer tirar um cisco dos olhos do outro. Por que será que esses dois personagens querem fazer isso? Pela falta de capacidade de reconhecer a própria limitação. É uma maneira de não olhar para si mesmo. É um mecanismo de defesa. O problema é sempre o outro. Não quero olhar para o problema que está dentro de mim então aponto para os defeitos dos outros.