Autoridades americanas pediram nesta quarta-feira que os pais deixem de usar as almofadas posicionadoras que evitam que os bebês virem durante o sono, porque elas podem ser fatais.

 

A comissão de segurança de produtos de consumo (CPSC, da sigla em inglês) e a FDA (agência de controle de alimentos e medicamentos) alertam consumidores a evitar o uso de almofadas posicionadoras para bebês (aqueles modelos que vem com rolinhos nas laterais). O motivo da recomendação foi a morte por sufocação de 12 crianças entre 1 e 4 meses de idade, nos últimos 13 anos, causada por esse tipo de acessório.

As mortes aconteceram porque as crianças rolaram, quando estavam de lado, para a posição de bruços. Em alguns casos elas também ficaram presas entre o rolinho e o berço. E mesmo quando os bebês estavam deitados entre as almofadas de costas, como é indicado pela Academia Americana de Pediatria e também pela Sociedade Brasileira de Pediatria, eles foram encontrados em posições arriscadas. “Pedimos aos pais e cuidadores que considerem nossa advertência seriamente e parem de usar essas almofadas posicionadoras, para que as crianças durmam com mais segurança”, disse Inez Tenenbaum, presidente da CPSC.

Ao contrário do que pensam muitos pais, essas almofadas não previnem a Síndrome da Morte Súbita em recém-nascidos. Os acessórios são usados ainda para aliviar cólicas e sintomas de refluxo gastroesofágico (nesse caso, são almofadas elevadas com rolinhos) em bebês. Mas o risco de sufocação, segundo o FDA, não compensa os possíveis benefícios.

Essa também é a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria. "Qualquer acessório colocado no berço, de almofadas à rolinhos, oferecem risco ao bebê", afirma Arames Lopes Neto, presidente do departamento de segurança da instituição. Ele explica, ainda, que os travesseiros anti-refluxo, quando indicados pelo pediatra, estão liberados. "Mas apenas os modelos sem os rolos nas laterais." O pediatra reforça que a melhor maneira de proteger o seu filho é deitando-o sempre de barriga para cima."

fonte: AFP