Na última quinta-feira (22), mães, líderes e outros voluntários da Pastoral da Criança participaram da capacitação para a utilização de hortas caseiras, que aconteceu na residência da coordenadora da Pastoral, Marluce Dantas. A capacitadora, foi a voluntária Maria da Paz, que fez o repasse a partir do que aprendeu já em um encontro diocesano.
Um dos assuntos mais debatidos na atualidade, quando se fala em alimentação, refere-se à questão da qualidade de frutas e verduras que compramos nas feiras e supermercados.
A maioria dos alimentos que consumimos hoje contém substâncias que, com o tempo, fazem mal ao nosso organismo, e são responsáveis por inúmeras doenças. Dos agrotóxicos utilizados para combater pestes a substâncias que agem no crescimento e amadurecimento dos legumes e frutas, estas substâncias preocupam muita gente na atualidade.
E o problema das crianças que relutam quando o assunto é consumir frutas e verduras? São muitos os casos de obesidade entre crianças. Muitas vezes, nem os adultos tem hábitos alimentares saudáveis.
Mães, líderes e voluntários aprendem a cultivar horta em casa
A Pastoral da Criança vem capacitando mães e líderes que se prestam ao trabalho voluntário em referida instituição, para que propaguem e pratiquem o cultivo de hortas caseiras, como uma forma de devolver às nossas famílias o hábito de consumir alimentos saudáveis, que são colhidos e levados diretamente à mesa, sem a utilização de tantas substâncias nocivas à nossa saúde. Outro ponto importante é o envolvimento de crianças e de todos os integrantes da família, que passam a perceber a importância deste ato.
Mãos na terra! Um exemplo a ser seguido!
Ao saber de tal capacitação, e recebendo o convite para participar de tal atividade, fiz uma verdadeira viagem ao passado. Em nossa cidade, é difícil que alguém não lembre de uma horta que o avô, avó, mãe ou pai cultivava no quintal de casa…
Apesar de pequena, a horta de meu pai tinha espaço para plantar um pouquinho de tudo o que precisávamos consumir de legumes e verduras. Apesar de ele nem sempre precisar de nossa ajuda, eu junto com meus irmãos adorávamos colocar as nossas mãos na terra molhada, ou colher algumas verduras (e come-las antes mesmo de chegar à cozinha).
Era magnífico ver aquela plantação crescer, e dias depois estar na mesa, na hora do almoço.
Porém, este foi um costume que foi sumindo, e só agora percebi quão simples é manter uma horta em casa, mesmo diante da correria em que vivemos. E pensei: ao invés de comprar verduras “envenenadas”, porque não produzi-las de modo saudável?
Muitas hortas ainda existem nos quintais dos ourobranquenses
Em dado momento da capacitação, fomos fazer umas visitas a residências onde existiam hortas cultivadas em quintais. E fiquei feliz com o que vi. Bacias, baldes, caixas de madeira… Qualquer recipiente pode ser utilizado para cultivar uma horta caseira.
Uma das mães que estavam presentes na capacitação, levou-nos à sua casa, e acabou por contribuir com as instruções dadas pelo material fornecido pela Pastoral da Criança, a partir da experiência vivida em sua casa, no tocante à preparação do solo, modo de plantio, tempo para a germinação e colheita, etc.
Quando voltávamos da casa dessa mãe, passamos por um quintal de uma residência que estava repleto de plantações de verduras e frutas. Um pequeno sítio dentro do quintal de casa…
Não tenho dúvidas: esta é uma ótima idéia. Algo tão simples, mas que faz tanta diferença quando o assunto é a saúde.
Recomendo. A você que leu este testemunho: procure fazer essa capacitação e venha aderir também a esta maravilhosa prática!