Reduzir a mortalidade infantil na cidade de Pelotas é a prioridade do Comitê de Mortalidade Infantil. Criado em 2005, o Comitê é composto por gestores da Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, pesquisadores do Centro de Pesquisas Epidemiológicas e profissionais do Hospital Escola e da Fundação de Apoio Universitário da Universidade Federal de Pelotas(UFPel) e do Hospital Universitário São Francisco de Paula da Universidade Católica de Pelotas(UCPel).

Estudos foram realizados para investigar os problemas causadores da mortalidade infantil na cidade e desenvolver estratégias e ação para solucioná-los. Durante o ano de 2005, 87 crianças morreram antes de completar um ano de vida. Nos anos de 2006, 2007 e 2008, ocorreu uma redução no número absoluto de óbitos infantis, tendo morrido, respectivamente, 66, 49 e 64 crianças antes de completar um ano de idade.
Pelotas vem apresentando melhora em relação às duas últimas décadas. Entre 1995 e 2005 a taxa de mortalidade infantil (TMI) mantinha-se em torno de 20 óbitos para cada mil nascidos vivos, acima da média do Estado de 15,7 por mil nascidos vivos (Secretaria de Planejamento e Gestão, 2008). Este indicador vem caindo, de 19,8 por mil nascidos vivos em 2005 para 16,3 por mil em 2008 e uma queda ainda maior em 2009, para 13,8 por mil nascidos vivos.

O trabalho do Comitê encontrou um aliado na luta contra a mortalidade infantil, a Pastoral da Criança que, com o apoio do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), e de outros parceiros, lançou em campanha nacional o slogan “Este lado para cima”. - Dormir de barriga para cima é mais seguro -. Essa campanha foi lançada para esclarecer a população sobre os riscos da morte súbita, orientando sobre a posição correta para o bebê dormir.

A criação do Comitê de Mortalidade Infantil ajudou na redução dos óbitos infantis, mas ainda é necessário um grande investimento para melhorar a qualidade do pré-natal e do atendimento as gestantes. Tópicos que são importantes serem esclarecidos e reforçados para as mães como alimentar o bebê com leite materno, sobretudo nos primeiros seis meses de vida; realizar todas as consultas e o acompanhamento do pré-natal; e aplicar as vacinas tem colaborado na luta contra a mortalidade infantil. Não menos importantes são os cursos e capacitação de médicos e enfermeiras que ajudam a elevar o nível de atendimento das gestantes.

Outra grande preocupação dos profissionais de saúde é a prematuridade, devido ao maior risco de internação em UTI neonatal, de infecções, possibilidades de seqüelas e o óbito. Maiores detalhes sobre a situação da mortalidade infantil no município de Pelotas podem ser visualizadas no relatório.

fonte: http://ccs.ufpel.edu.br/wp/2010/05/10/comite-aponta-queda-na-mortalidade-infantil-de-pelotas-entre-2005-2009/