O Ministério da Saúde anunciou, na última semana (28/10), uma nova medida para facilitar o acesso a absorventes por mulheres em situação de vulnerabilidade social. A partir de agora, quem faz parte do Programa Dignidade Menstrual pode obter a autorização para a retirada dos absorventes diretamente nas unidades de saúde. Até então, a autorização só era emitida pelo aplicativo Meu SUS Digital. Segundo o ministério, a medida busca ampliar o alcance do programa, superando barreiras digitais que dificultavam o acesso ao documento.
Com a mudança, as beneficiárias agora têm duas opções para obter as autorizações: virtualmente, pelo aplicativo do SUS, ou presencialmente em qualquer unidade de saúde do Brasil. Todos os profissionais da rede estão aptos a imprimir o documento, incluindo os Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
A retirada dos absorventes continua sendo realizada nas farmácias credenciadas do Farmácia Popular. Outra novidade é que adolescentes entre 12 e 16 anos agora podem retirar os absorventes sem a necessidade de acompanhamento dos pais ou responsáveis.
De acordo com a secretária de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Ana Luiza Caldas, a iniciativa amplia a dignidade das beneficiárias do programa.
“Todos os profissionais estarão aptos a emitir essa autorização. Continuaremos incentivando o uso do aplicativo Meu SUS Digital, mas trazemos essa nova alternativa para facilitar o acesso a um insumo essencial para a saúde e o bem-estar de meninas e mulheres”, destaca a secretária.
Sobre o Programa Dignidade Menstrual
O Programa de Promoção e Proteção da Saúde e da Dignidade Menstrual é uma iniciativa do governo federal que oferta absorventes gratuitamente a pessoas em situação de vulnerabilidade, além de combater os estigmas e a desinformação sobre o ciclo menstrual.
Podem participar do programa meninas e mulheres entre 10 e 49 anos cadastradas no CadÚnico, que atendam a pelo menos um dos seguintes critérios:
- Ter renda mensal de até R$ 218;
- Estar em situação de rua, sem limite de renda;
- Ser estudante de baixa renda da rede pública, com renda familiar per capita de até meio salário-mínimo.
Com informações de Agnez Pietsch, do Ministério da Saúde. Clique aqui para acessar o texto original.