Por Padre José Edilson da Silva, coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança
Todos sabemos que o Tempo da Quaresma, é um tempo privilegiado, de rever nossa caminhada, atitudes e comunhão com Deus e com os irmãos.
A Igreja celebra, anualmente, este tempo de preparação para a Páscoa, quarenta dias (por isto quaresma) em que somos convidados a um tempo de conversão, de morrermos para nossos pecados, nossas faltas e, com Cristo, renascermos para uma nova vida.
Este tempo de graça se inicia com a Celebração da Quarta-feira de Cinzas. É assim chamada esta celebração porque é colocada em nossas cabeças ou marcada em nossas frontes, as cinzas, sinal que nos convida a refletir sobre esta condição de que somos pecadores mas, conscientes de que do “pó viemos e ao pó voltaremos” é-nos feito o convite à conversão, mudança de vida: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).
Durante este tempo propício de conversão a temática da liturgia se fundamenta nos três aspectos essenciais da vida do cristão, que Jesus bem menciona no Evangelho de São Mateus 6, 1-18: Oração, Jejum e Caridade. É pela oração que nos unimos àqueles que sofrem as consequências de uma sociedade injusta, egocêntrica, capitalista (jejum), nos sensibilizando e fazendo-nos estender a mão a estes a partir de nossas próprias condições (caridade).
Que através de nossas ações da Pastoral da Criança possamos viver um autêntico tempo quaresmal. Levando-nos continuamente a um processo de conversão pessoal. E que através de nossas visitas domiciliares, mediante a nossa oração pessoal que fazemos para partir em missão, ajude-nos a enxergar, em nossas gestantes e crianças acompanhadas, os vários sinais de dores, provações, privações e tantas outras realidades que ameaçam a vida destes, e que nos leve à prática do jejum, como forma de mortificar-nos e nos unir aos seus sofrimentos.
Que os exercícios quaresmais neste tempo forte de conversão leve-nos a uma nova vida com a Ressurreição do Cristo, que por nós se entregou. Libertando-nos das trevas do pecado e vivendo no amor ao Cristo e aos irmãos, para que todos “tenham vida e vida em abundância”.