Pastoral da Criança vai combater a obesidade, o anúncio foi feito para 70 líderes da entidade que estiveram reunidos ontem em Lagoa Seca.
O Encontro Regional da Pastoral da Criança, que está acontecendo em Lagoa Seca, no Convento dos Irmãos Maristas, está reunindo 70 líderes pastorais de seis estados - Paraíba, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e Piauí -, para avaliar as ações da entidade e a inclusão de novos líderes nas missões desenvolvidas pela entidade em todo o Brasil. O médico e coordenador internacional da pastoral, Nelson Arns, filho da fundadora Zilda Arns, participou do evento na tarde de ontem e garantiu a continuidade dos trabalhos em prol da crianças brasileiras.
Durante o evento ele anunciou que a pastoral agora irá cuidar das crianças que sofrem com a obesidade. Ele ressaltou que o trabalho precisa ser redirecionado, uma vez que a preocupação maior antes era apenas com a desnutrição; agora, a obesidade também é um fator importante para o trabalho da entidade.
"Essa mudança de hábito alimentar também precisa ser trabalhada com cuidado, porque vários fatores interferem na educação alimentar das crianças. Como a violência tem aumentando bastante, muitas vezes os pais não deixam as crianças brincarem na rua, por medo. E isso contribui para que ela diminua consideravelmente suas atividades físicas", explicou o médico.
Segundo dados apurados pela Pastoral, o índice de mortalidade infantil na Paraíba, que são de 12,1 mortos para cada mil nascidos, tem caído. Já as crianças que estão abaixo do peso, o percentual é de 6,1% em toda Paraíba, número abaixo do registrado a nível de Brasil, que é de 6,4%.
Continuidade
Nelson Arns destacou a continuidade do trabalho que vem sendo dado pela entidade após a perda de sua maior líder, a médica Zilda Arns, que morreu em um terremoto no Haiti. "O trabalho vendo sendo feito com a mesma dedicação de antes. Estamos buscando uma maior integração entre o estado e os municípios para que possamos atender cada vez mais crianças", disse Nelson.
A próxima meta da Pastoral da Criança é estabelecer para que a criança possa receber sua primeira dosagem de antibiótico de forma mais rápida. Segundo Nelson, a demora para que a criança seja medicada após a consulta é o fator que tem contribuído para que a cura de determinadas enfermidades se prolonguem mais do que o estipulado.
"Nós precisamos encurtar esse tempo que a criança é medicada e recebe o antibiótico. Porque quanto maior for a demora, mais tempo ela levará para ser curada. Por isso precisamos estabelecer uma melhor relação com os estados para que os postos médicos dispunham de mais medicamentos e com uma maior rapidez", concluiu.
Fonte:
Givaldo Cavalcanti - Especial para o DB