Nelson Arns Neumann, novo coordenador da Pastoral da Criança Internacional, fala sobre os desafios e prioridades da Pastoral da Criança Internacional.
Recém escolhido para ocupar o lugar da mãe na coordenação da Pastoral da Criança Internacional, o médico Nelson Arns Neuman, 44 anos, afirma que não vai substituir Zilda Arns. Ele considera isso impossível. O que fará é sucedê-la, ressalva. Nascido em Curitiba, com mestrado em epidemiologia na Universidade Federal de Pelotas e doutorado em saúde pública pela Universidade de São Paulo, Neumann trabalha desde 1990 na coordenação da Pastoral da Criança. Confira a entrevista a Zero Hora:
Zero Hora – Qual é o desafio de suceder Zilda Arns na Pastoral da Criança Internacional?
Nelson Arns Neumann – A Pastoral da Criança está bastante estruturada no Brasil. A doutora Zilda fez a sucessão dois anos atrás. Mas na Pastoral da Criança Internacional a situação é mais complicada, porque ela estava tomando a frente de tudo. Tenho compromissos que foram assumidos por ela na Ásia, na América Latina e na África. É uma tarefa difícil. Quando assumiu a coordenação nacional da pastoral, a irmã Vera dizia que substituir a doutora Zilda era impossível. Que o possível é suceder. Ninguém pode esperar que um substituto faça tudo o que ela fazia.
ZH – Sem Zilda Arns, muda algo na atuação da Pastoral da Criança Internacional?
Neumann – Vamos colocar o pé no freio na expansão para novos países. A ideia é primeiro consolidar onde já estamos, para depois ir a outros países com mais energia. Decidimos dar prioridade à América Latina, especialmente ao Peru, ao Paraguai, à Guatemala e ao Haiti. Nesses países haverá um empenho para criar pastorais-modelo.
ZH – O trabalho no Haiti terá prosseguimento?
Neumann – Será uma prioridade, pela própria história da doutora Zilda, por ser o país mais pobre das Américas e por ter ficado ainda mais pobre com o terremoto.
ZH – A imagem construída por Zilda Arns é um patrimônio. A pastoral planeja utilizá-la para ampliar sua atuação?
Neumann – A família resolveu ceder o uso integral do nome de Zilda Arns a instituições públicas e também à Pastoral da Criança. Estamos inclusive discutindo a criação do Fundo Zilda Arns, para arrecadar recursos para as obras da Pastoral da Criança e também para a Pastoral da Pessoa Idosa.
ZH – Como funcionará o fundo?
Neumann – Vamos discutir a criação em uma reunião no dia 2 de março. Depois do falecimento da doutora Zilda, muita gente entrou em contato porque queria enviar coroas de flores. Ela gostava de flores, mas era muito prática. Em três dias as flores estão mortas. Então sugerimos que as pessoas fizessem doações para as obras da pastoral. Na primeira semana foram arrecadados R$ 200 mil, o que significa cerca de 1,3 mil coroas de flores. Esse recurso iria para dentro do Fundo Zilda Arns. A ideia é que o fundo seja fiscalizado por um conselho consultivo formado pelos 10 netos dela. Vemos que os filhos já estão imbuídos no espirito de filantropia. O fundo será uma forma de envolver também a terceira geração com o espírito que ela tinha.
Neumann – Será uma prioridade, pela própria história da doutora Zilda, por ser o país mais pobre das Américas e por ter ficado ainda mais pobre com o terremoto.
ZH – A imagem construída por Zilda Arns é um patrimônio. A pastoral planeja utilizá-la para ampliar sua atuação?
Neumann – A família resolveu ceder o uso integral do nome de Zilda Arns a instituições públicas e também à Pastoral da Criança. Estamos inclusive discutindo a criação do Fundo Zilda Arns, para arrecadar recursos para as obras da Pastoral da Criança e também para a Pastoral da Pessoa Idosa.
ZH – Como funcionará o fundo?
Neumann – Vamos discutir a criação em uma reunião no dia 2 de março. Depois do falecimento da doutora Zilda, muita gente entrou em contato porque queria enviar coroas de flores. Ela gostava de flores, mas era muito prática. Em três dias as flores estão mortas. Então sugerimos que as pessoas fizessem doações para as obras da pastoral. Na primeira semana foram arrecadados R$ 200 mil, o que significa cerca de 1,3 mil coroas de flores. Esse recurso iria para dentro do Fundo Zilda Arns. A ideia é que o fundo seja fiscalizado por um conselho consultivo formado pelos 10 netos dela. Vemos que os filhos já estão imbuídos no espirito de filantropia. O fundo será uma forma de envolver também a terceira geração com o espírito que ela tinha.
fonte: Zero Hora