Cerca de 120 voluntários da Pastoral da Criança atenderam em torno de 850 crianças no ano passado na Diocese de Bauru. Apesar de reconhecer que não atende todas as crianças de famílias pobres, o coordenador diocesano da Pastoral da Criança, José Antonio Raposo, afirma que a mortalidade entre as crianças acompanhadas pela entidade é zero.


O trabalho dos voluntários na região é feito em 13 comunidades carentes da Diocese: oito em Bauru, duas em Agudos, duas em Pederneiras e uma em Piratininga. Nessas comunidades, os voluntários fazem visitas domiciliares quando dão orientações aos pais sobre os cuidados com as crianças desde a gestação até os seis anos de idade.


O objetivo é, nas palavras de Raposo, identificar como as crianças estão se desenvolvendo no ambiente em que vivem, fazer orientações de acordo com os problemas encontrados e, havendo necessidade, encaminhar as crianças para o atendimento adequado, como no caso de problemas de saúde que necessitam cuidados médicos. Os voluntários aproveitam as visitas, que são geralmente mensais, para falar com as famílias sobre questões como saúde, educação, violência e cidadania.

Além das visitas às casas, os voluntários da Pastoral da Criança também fazem mensalmente a pesagem das crianças, quando é distribuído um lanche comunitário, muitas vezes custeado pelo bolso dos próprios voluntários.

De acordo com Raposo, em Bauru não há problema de desnutrição infantil. Ao contrário: o que mais os voluntários verificam é a obesidade entre crianças, que também é um problema de saúde. “Comidas industrializadas, que têm mais gordura, são muito difundidas nos bolsões de pobreza, o que agrava o problema”, explica.
 

Fonte: JC.Net Online – 27/02/2010