Atuação inclui atividades de prevenção e orientação, que envolvem as famílias de gestantes e mães de crianças de 0 a 6 anos.
Presente em todo o Brasil e em outros 17 países, a PASTORAL da Criança, criada pela médica Zilda Arns, que morreu na terça-feira no terremoto que atingiu o Haiti, trabalha com o objetivo de salvar vidas. Desenvolve atividades de prevenção e orientação, que envolvem famílias carentes de gestantes e mães de crianças de 0 a 6 anos. Em Mogi das Cruzes e em toda a região do Alto Tietê, o trabalho atende 7.500 crianças com a ajuda de cerca de mil voluntários.
"Nossos critérios se baseiam na partilha solidária e subsidiária do Evangelho e nas práticas da saúde preventiva ou curativa, com aparatos científicos e também os repassados de sabedoria popular. Nossos meios se baseiam na formação e atuação do voluntariado", contou a coordenadora diocesana da PASTORAL, Arlete Batista de Melo Pacheco.
"Agora, com a morte de Zilda, que nos fazia acreditar na revolução que nosso trabalho pode criar, tenho certeza de que todos os voluntários se motivarão ainda mais para dar continuidade aos trabalhos", afirmou. Zilda Arns estava em uma missão humanitária no Haiti participando da Conferência dos Religiosos, motivando os líderes e voluntários da PASTORAL da Criança no país.
Os voluntários são pessoas que vivem no mesmo local que as famílias acompanhadas e são capacitados para se tornarem líderes. Realizam três atividades principais: a visita domiciliar, o Dia da Celebração da Vida e a reunião para reflexão e avaliação dos trabalhos desenvolvidos. "Cada uma dessas etapas é realizada mensalmente".
Na primeira etapa, que é a visita domiciliar, as líderes realizam uma espécie de pesquisa. "É nesse momento em que pode ser desenvolvido um trabalho mais pessoal e direcionado às necessidades de cada família. É a oportunidade do voluntário conhecê-la melhor e partilhar conhecimentos e experiências sobre nutrição, higiene, cidadania, gestação, prevenção de doenças, educação infantil, entre outros assuntos", explicou Arlete.
Em seguida vem o Dia da Celebração da Vida, que significa reunir as famílias para avaliar o desenvolvimento de suas crianças e proporcionar a troca de experiências e solidariedade na comunidade.
"Nesse dia, as crianças são pesadas, o peso é registrado na Caderneta da Criança, para controle da família, e no Caderno do Líder, para posteriormente ser enviado à Coordenação Nacional da PASTORAL da Criança", afirmou.
E então acontece a Reunião de Reflexão e Avaliação. "Este é o dia em que os líderes, os demais voluntários e o coordenador comunitário da PASTORAL da Criança avaliam os progressos de suas ações na comunidade, com base nos indicadores anotados no Caderno do Líder, utilizando a metodologia do ver, julgar, agir, avaliar e celebrar". Nesse encontro, eles observam a realidade das famílias que acompanham, identificam as causas e consequências de determinada situação, e avaliam as alternativas que podem ajudar as famílias.
Fonte: Mogi News – Cidade – 15/01/2010 – Pág. 5