Captura de Tela 0028 11 09 as 10.21.15A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu, no início desta semana, uma nova série de recomendações para melhorar a qualidade da atenção pré-natal. O objetivo é reduzir as complicações na gestação e o risco de natimortos.

Estima-se que, em 2015, segundo a agência da ONU, 303 mil mulheres faleceram por causas relacionadas à gravidez, 2,7 milhões de crianças morreram durantes os primeiros 28 dias de vida e 2,6 milhões de bebês eram natimortos.

O pré-natal é essencial para garantir uma gestação saudável e um parto seguro. Esse momento é uma oportunidade crucial para os profissionais de saúde oferecerem cuidado, apoio e informação, sobre uma vida saudável, prevenção e detecção de doenças, aconselhamento sobre planejamento famílias e até mesmo, apoio às melhores que podem estar sofrendo algum tipo de violência.

A qualidade dos cuidados e das orientações oferecidas as mães, podem evitar muitas dessas mortes. Porém, atualmente, apenas 64% das mulheres grávidas recebem cuidados pré-natais quatro ou mais vezes durante a gestação.

O novo modelo de atenção pré-natal da OMS aumenta o número de consultas que a gestante deve ter de quatro para oito. A publicação recomenda que as mulheres grávidas tenham seu primeiro contato com os prestadores de saúde nas 12 primeiras semanas de gestação, com visitas subsequentes na 20ª, 26ª, 30ª, 34ª, 36ª, 38ª e 40ª semana de gestação.

Estudos apontam que um maior número de consultas é associado a uma menor probabilidade de natimortos. Uma vez que, aumenta as oportunidades de detectar e gerir potenciais problemas. Oito contatos mínimos com os profissionais de saúde podem reduzir as mortes perinatais em até 8 para cada mil nascidos, quando comparado ao mínimo de 4 consultas. 

As novas diretrizes da OMS contêm 49 recomendações que descrevem os cuidados que as gestantes devem receber nas consultas com o sistema de saúde, entre elas: aconselhamento sobre alimentação saudável, atividade física, uso de tabaco e outras substâncias, medições fetais e também, conselhos sobre como lidar com os sintomas fisiológicos comuns, como náuseas, dor nas costas e outros.

O pré-natal e a Pastoral da Criança

96,3% das gestantes acompanhadas pela Pastoral da Criança fazem o pré-natal* e compreendem a importância das consultas e de fazer o pré-natal completo, para a saúde da mãe e do bebê.

*Dados do 2º trimestre de 2016

O pré-natal foi criado para proteger o bebê e a mãe. No pré-natal é possível descobrir e tratar algumas doenças que podem prejudicar a mãe e o bebê. A gestante tem direito a seis consultas. O médico irá perguntar sobre sua história familiar, fazer exame físico e pedir os exames de rotina. O médico vai orientar também sobre os sinais de risco, como identificar e o que fazer”, lembra Regina Reinaldin, enfermeira da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.