O evento aconteceu em Bogotá, na Colômbia |
O gestor de relações institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufleur, foi convidado para apresentar as iniciativas da Rede Global de Religiões pela Criança no Brasil, no Fórum “Aliança de Religiões pelas Crianças e Juventude”. O evento foi realizado em Bogotá, na Colômbia, de 13 a 14 de julho de 2016, na Universidade de SantoTomas. A reunião aconteceu em um momento histórico naquele país, marcado pela construção da paz e de reconciliação, depois de mais de 50 anos de conflito armado interno. O Fórum faz parte de uma série de painéis de discussão que a iniciativa “Oração e Ação pelas Crianças”, com apoio da fundação Arigatou Internacional, promove desde 2014. Nova Iorque, Genebra e Tóquio já foram sede destes encontros.
"Trata-se da contribuição e responsabilidade dos líderes religiosos para a superação das múltiplas formas de violência sofridas por crianças em todo o mundo", explica Clóvis. Este Fórum contou com a colaboração da Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC Colômbia) e de parceiros, como UNICEF Colômbia, Plan Internacional, World Vision, ECPAT-Renascer e Universidade Santo Tomas.
Clóvis Boufleur representou a Pastoral da Criança no encontro |
O evento em Bogotá foi uma das ações preparatórias para o 5º Fórum Mundial da GNRC, que vai acontecer no Panamá, em maio de 2017, no qual o tema principal será a violência.
O encontro abriu espaço para incentivar a reflexão e o diálogo inter-religioso, com a participação de membros da GNRC em outros países da América Latina. Além do Brasil, havia representantes da GNRC Equador, El Salvador, Panamá e República Dominicana; representantes adultos e jovens de comunidades religiosas da Colômbia; líderes religiosos e especialistas de organizações internacionais.
Durante o encontro, os participantes assinaram uma declaração de compromisso para prevenir a violência, com as seguintes ações para prevenção, proteção e cuidado:
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Ajudar a sociedade e as comunidades religiosas a reconhecerem a real e legítima participação das crianças, adolescentes e jovens, como sujeitos de direitos.
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Promover reflexão constante e combater o castigo físico e humilhante.
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Difundir a informação e ferramentas pedagógicas para as famílias melhorarem os vínculos e a comunicacão com os filhos e filhas.
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Assumir com vigor, junto às comunidades e grupos religiosos, uma posição proativa de combate e prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes.
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Implementar programas de educação formal e não formal sobre valores e construção da paz, com protagonismo das crianças, adolescentes e jovens.
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Promover o estudo dos livros sagrados e doutrinas nos aspectos que são comuns para a proteção e o cuidado das crianças, adolescentes e jovens.
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Trabalhar como Aliança Inter-religiosa pela Infância e Juventude.
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Disponibilizar a rede de contatos, recursos, talentos humanos e estruturas que estão ao alcance para apoiar a Aliança Inter-religiosa pela Infância e Juventude.
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Participar de uma atividade anual pública de oração e ação para o bem-estar da infância e juventude.
"A partir destes compromissos, os integrantes estabeleceram ações, estratégicas e ferramentas para os próximos passos na Colômbia. O evento serviu de inspiração para a organização de fóruns semelhantes em outros países da América Latina e Caribe", afirma Clóvis.