Ana Amélia de Oliveira, coordenadora da Pastoral da Criança na Arquidiocese de Goiânia, recebe a homenagem de uma criança acompanhada
Primeira Infância Livre de Violência. Este é o título do evento que movimentou o Auditório da Área IV da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, na última semana, nos dias 9 e 10 de novembro, e teve a participação da equipe da Pastoral da Criança de Goiânia. Com a temática “Por políticas de Estado que promovam o desenvolvimento saudável e previnam violências na primeira infância”, o encontro reuniu profissionais e gestores que atuam na área da assistência social, da educação, da saúde, da segurança pública e do judiciário; pesquisadores, educadores e acadêmicos que atuam na área da infância, família e áreas afins; conselheiros tutelares, conselheiros do controle social e defensores de direitos humanos; organizações e movimentos sociais que atuam no cuidado e na defesa de crianças.
Durante a abertura do evento, de abrangência estadual, foi realizada uma homenagem especial à Dra. Zilda Arns Neumann, baseada no lema “Quem bate para ensinar, ensina a bater”. Representando a lembrança ao exemplo da Dra. Zilda à frente da Pastoral da Criança, a coordenadora da instituição na Arquidiocese de Goiânia, Ana Amélia de Oliveira, foi convidada a receber uma camiseta do evento, entregue por duas crianças acompanhadas por voluntários da região.
“Foi muito bonito esse momento! Inclusive, a Dra. Laura, procuradora que fez a fala de abertura, já vem nos ajudando bastante nas questões da Pastoral da Criança. Ela começou a participar há um tempo atrás, quando viu nossas ações durante o programa do Medida Certa e ficou interessanda”, contou Ana Amélia.
Realização e apoiadores
O evento foi promovido pela Rede de Atenção a Crianças, Adolescentes e Mulheres em Situação de Violência de Goiânia, com o apoio de muitos parceiros: Ministério Público do Estado de Goiás, Ministério Público do Trabalho do Estado de Goiás, Ministério da Saúde – SUS, Prefeitura de Goiânia, Governo do Estado de Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da UFG, Pastoral da Criança, Museu da Vida, Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Goiás, Conselho Regional de Psicologia - 9ª Região, Conselho Regional de Serviço Social, deputada estadual Adriana Accorsi e vereadora Cristina.
“Como nós promovemos a vida, eles nos convidaram para sermos parceiros, afinal de contas é um projeto novo que está surgindo em Goiânia, no estado de Goiás. Em Porto Alegre e Florianópolis já tem”, explica Rosane Maria Goes Teles, coordenadora da Pastoral da Criança no estado de Goiás.
Ela tem observado um crescimento dos casos de violência infantil no meio doméstico em seu estado, inclusive entre as famílias acompanhadas pela Pastoral da Criança – o que torna ainda mais importante a presença da instituição nesta iniciativa. Destacou também, como força para a parceria, a experiência dos líderes em trabalhar no ambiente domiciliar.
“Nós precisamos dessas parcerias, porque muitas vezes, essas dificuldades que as famílias estão enfrentando ficam somente entre os líderes, coordenadores e Igreja. Então, o órgão público concebendo isso e querendo nossa ajuda, fica mais visível o nosso trabalho”, avalia. E com isso, quem ganha são as crianças e famílias, com passam a contar com uma rede maior de apoio e proteção.
Temas debatidos
O impacto das violências no desenvolvimento infantil, a família como agente de prevenção da violência e os desafios da proteção à primeira infância no Brasil estiveram entre os tópicos que nortearam os debates do Seminário, estimulados pelas apresentações de especialistas, experiências e perguntas dos participantes. Aproveitando a presença dos diferentes segmentos que podem atuar juntos pela defesa dos direitos das crianças, além de compartilhar informação, o evento também tinha como potencial sensibilizar e envolver ainda mais as pessoas com a causa, em especial os gestores públicos.
Segundo nota sobre o encontro, o objetivo do Seminário era “construir subsídios para o fortalecimento e a ampliação das ações que integram as Políticas Públicas – alinhadas às Políticas Nacionais de Educação Infantil, de Redução da Morbimortalidade por Causas Externas, de Promoção da Saúde e os Planos Decenais da Criança e Adolescente, de Convivência Familiar e Comunitária e da Primeira Infância, que visam proteger as crianças das violências intrafamiliares ou institucionais”.