No mês de outubro, o Ministério da Saúde – por meio da Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas e Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno/DAPES – promoveu três seminários regionais de apoio à implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC). O objetivo era discutir e construir, coletivamente, estratégias com foco na atenção básica.
“Esta iniciativa serve para animar as pessoas que atuam com os serviços de saúde da criança no SUS. Esperamos que os trabalhadores e gestores da saúde contribuam como mensageiros para fazer chegar as diretrizes desta política de atenção integral para a criança aos usuários do SUS. Quanto mais as gestantes e suas famílias souberem com deve funcionar a saúde pública, melhor será a participação para que o atendimento adequado e no tempo certo”, afirma Clóvis Boufleur – coordenador da Comissão Intersetorial de Atenção Integral à Saúde da Criança no Conselho Nacional de Saúde e gestor de relações institucionais da Pastoral da Criança –, que participou do último encontro, realizado nesta segunda-feira (26 de outubro), em Florianópolis (SC).
Entre as discussões, um dos pontos levantados foi o papel dos Conselhos de Saúde, importantes parceiros para dar mais visibilidade a essa política. “Agora é a hora de enfrentar a crise financeira na saúde pública com atitudes de confiança no sistema público. Devemos ampliar com urgência os recursos na saúde, mas enquanto isso não acontece, podemos focar nosso esforço na qualidade da atenção básica, e priorizar a saúde da criança. Caso contrário a avalanche de problemas que virão com a falta de recursos poderá se tornar muito mais grave”, defende Clóvis.
Todos pela saúde da criança
Além de todas as instâncias oficiais ligadas ao setor público, o papel das instituições da sociedade civil também é fundamental para que a política saia do papel e chegue a quem de fato precisa e merece, por direito.
Por isso, a Pastoral da Criança esteve presente nas três ocasiões. Na Região Nordeste, representada por Cosme Oliveira dos Santos, coordenador da instituição na Bahia; e no Norte, por Terezinha Fachini, coordenadora da Pastoral da Criança no estado do Amazonas.
“A Pastoral da Criança colaborou em diversos momentos de elaboração desta política voltada para a criança. Esta portaria agora precisa tocar a sociedade para deixar de ser um sonho e fazer parte do dia a dia dos serviços de saúde. Queremos juntos construir comunidades sem mortes evitáveis de crianças, com atenção integral nos primeiros anos de vida”, destaca Clóvis.