foto ariene

No Brasil, a Pastoral da Criança, através de seus líderes, colaborou para a queda da mortalidade infantil nos últimos trinta anos

A mortalidade infantil no mundo diminuiu mais de 50% nos últimos 25 anos. Entretanto, isso não impediu que, diariamente, 16 mil crianças morram sem completar 5 anos. Essa é a realidade divulgada nesta quarta-feira (9/9) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Organização Mundial da Saúde (OMS), Banco Mundial e Divisão de População do Departamento da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), no Relatório 2015 - Níveis e Tendências em Mortalidade Infantil. Apesar dos avanços – o número de mortes caiu de 12,7 milhões por ano em 1990 para 5,9 milhões em 2015 –, o relatório lembrou que dificilmente o mundo alcancará o número proposto pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) até o fim de 2015, de 17,9 mortes a cada mil nascidos vivos. Metade delas estão relacionadas à desnutrição.

O relatório destaca ainda que as doenças infecciosas, como a pneumonia e diarreia e complicações neonatais são responsáveis pela maior parte dos óbitos de crianças com menos de cinco anos no mundo. As principais causas de morte apontadas para este público em 2015 incluem pneumonia (17%), complicações no parto pré-termo (16%), complicações neonatais intrauterinas relacionados ao parto (11%), diarréia (8%), sepse neonatal (7%) e malária (5%). Segundo o relatório, “a maioria das mortes infantis são causadas por doenças que são facilmente preveníveis ou tratáveis com intervenções comprovadas e de baixo custo”.

Brasil

O Brasil foi um dos países que teve destaque na queda dos números. Desde a década de 1990 até 2015, o país apresentou uma queda de 73% na mortalidade infantil. A atuação da Pastoral da Criança, desde 1983, contribuiu para este número: em Florestópolis, primeiro município a desenvolver as ações da entidade, a mortalidade infantil passou de 127 para 28 a cada mil nascidos vivos, de um ano para o outro. Atualmente, o índice de mortalidade infantil no município é de zero entre as crianças acompanhadas pela Pastoral da Criança.

Entretanto, o avanço não impediu que o país ainda possua 32 municípios com índices de 80 mortes a cada mil nascidos vivos, e que as crianças indígenas tenham o dobro de chance de morrer, se comparadas a outras crianças, antes de completar o primeiro ano de vida.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Com a chegada de 2015, e o encerramento dos Objetivos do Milênio, a Organização das Nações Unidas (ONU) assumem outras séries de metas para erradicar a pobreza extrema, combater a desigualdade e corrigir as mudanças climáticas. A Agenda 2030 envolve principalmente os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que se dividem em 169 metas mundiais. Uma cerimônia está marcada para o dia 25 de setembro, em Nova York, onde os 193 Estados-membros da ONU deverão assumir formalmente a busca pelos ODS pelos próximos 15 anos.

Para divulgar a ação, uma campanha de divulgação dos Objetivos Globais– como estão sendo chamados os objetivos da ONU – começaram a ser divulgados, através de uma plataforma online, onde iniciativas que irão colaborar para alcançar os objetivos podem ser inscritas. Estas iniciativas serão levadas à empresas, organizações e indivíduos para mostrar como e onde as ações estão sendo implementadas como resultado das parcerias globais e compromissos realizados para o alcance dos ODS.

Veja o primeiro vídeo divulgando a continuidade dos objetivos:

Com informações da ONU Brasil.