Neste domingo (26 de abril), é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão – data que chama a atenção para uma questão de saúde que atinge grande parcela da população, no Brasil e no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, estima-se que cerca de 50% dos hipertensos não sabem que têm a doença. Destes, apenas 25% aderem ao tratamento.

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Identificar a doença e seguir as orientações do serviço de saúde são essenciais para combater a hipertensão arterial (mais conhecida como pressão alta), principalmente se ela se manifestar durante a gestação. Por isso, esse tema faz parte das orientações que os líderes da Pastoral da Criança compartilham nas visitas domiciliares com as famílias acompanhadas, em todas as regiões do Brasil e também em outros 17 países.

“É muito importante que as pessoas façam os exames regularmente, para descobrir se têm a doença ou não. Em geral, o hipertenso vai se adaptando ao aumento da pressão e só se dá conta quando cérebro, coração, rim, retina e circulação estão gravemente afetados”, alerta Regina Reinaldin, enfermeira da coordenação nacional da Pastoral da Criança.

Riscos e sintomas

Para as gestantes, entre os riscos decorrentes da pressão alta estão a pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial acompanhada da eliminação de proteína pela urina) e a eclâmpsia (pressão muito elevada e com outros sintomas mais graves, como convulsão e inchaços). “Nesse estágio da doença, a vida da mãe e do bebê corre sérios riscos, inclusive de morte”, explica a enfermeira.

Inchaço nos pés, mãos e rosto. Dor de cabeça. Estes são alguns dos sintomas da pré-eclâmpsia, a pressão alta gestacional. Há ainda os casos de mulheres que não apresentam sintoma nenhum, daí a importância em sempre medir a pressão e acompanhar qualquer alteração.

A pressão alta durante a gestação pode prejudicar a criança, influenciando na nutrição, por exemplo, já que o bebê irá receber uma quantidade menor de sangue enquanto está na barriga em consequência da pressão da mãe. Entre os fatores de risco para a mulher apresentar a pré-eclâmpsia estão a diabetes, obesidade, gravidez depois dos 35 anos e antes dos 18 anos, entre outros.

Causas e prevenção

As causas da hipertensão estão relacionadas a fatores genéticos, mas também a hábitos de vida pouco saudáveis, como alimentação com excesso de sal e industrializados, estresse e sedentarismo. “Praticar exercícios físicos, evitar alimentos muito gordurosos, frituras, doces e muito salgados, não fumar e evitar ingerir bebidas alcoólicas são medidas que ajudam a prevenir a hipertensão”, afirma Regina.

Confira a entrevista completa com a enfermeira da coordenação nacional da Pastoral da Criança, Regina Reinaldin.