Participantes ouvem as histórias de Ir. Vera sobre mulheres líderes |
“Neste dia 8 de março, quero agradecer essas mulheres que trabalham nas periferias, nas comunidades onde a Pastoral da Criança atua”, declarou Ir. Vera Lúcia Altoé, coordenadora nacional da Pastoral da Criança, durante sua fala na mesa-redonda "Mulheres Líderes e a Transformação Social", que aconteceu no dia 7 de março, no auditório da Paulinas Livraria, em Curitiba (PR). Promovido pela Paulinas, o evento que aconteceu na manhã do sábado, véspera do Dia Internacional da Mulher, reuniu cerca de 30 participantes. Cinco mulheres falaram de suas experiências e de que forma isso impactou em suas vidas.
Além de Ir. Vera, participaram a jornalista e docente Marisa Marenga; a Secretária Municipal de Educação de Curitiba, Roberlayne de Oliveira Borges Roballo; e a Ir. Maria da Glória Bordeghini, fsp, gerente da Paulinas Livraria de Curitiba. Para a representante da Paulinas, a mulher deve saber relativizar o que acontece ao seu redor, para não gerar estresse desnecessário, e deve ter “firmeza no caráter e responsabilidade”. A jornalista Marisa questionou que tipo de atuação a mulher deve ter para fazer frente ao consumismo desenfreado em uma sociedade machista e racista. “Cabe a cada uma de nós pensar nisso”, lembrou. Roberlayne citou a força e coragem das primeiras professoras de Curitiba, numa época em que os homens dominavam o espaço escolar. “Hoje vivemos em outros tempos, mas é importante manter viva a história dessas mulheres, porque elas cumpriram seu papel de transformação”, afirmou.
Transformação
“A nossa Pastoral é chamada de pastoral da transformação”, ressaltou Ir. Vera, que continuou: “nós não trabalhamos só com o fazer, valorizamos o ser e motivamos, lembrando o porquê e para quem elas [as voluntárias] estão fazendo isso”. A coordenadora citou o exemplo de tantas mulheres que atuam na instituição, e que mesmo diante das dificuldades pessoais aceitam o desafio, e são agentes de transformação da comunidade e também de sua realidade. “Em 20 anos de caminhada na Pastoral da Criança vejo mulheres que trabalham de manhã, cuidam da casa e ainda saem para fazer as visitas da Pastoral. É gratificante!”.
Rosemary Petean é um desses exemplos. Participou do debate e contou que nos 16 anos de atuação da Pastoral da Criança, muita coisa mudou em sua vida. “Eu ficava mais em casa por conta de uma doença, mas quando entrei, passei a sair, a visitar as famílias. A Pastoral eleva a moral, a autoestima melhora, a gente se anima”, conta. Ela afirma ainda que o trabalho na entidade proporcionou a inspiração que precisava: incentivada por outras líderes e coordenadoras, ela prestou concurso e atualmente é servidora pública, após passar no processo seletivo com uma redação sobre a Pastoral da Criança.