Presente em todo o Brasil e outros 17 países, a Pastoral da Criança trabalha com o objetivo de salvar vidas. Faz atividades de prevenção e orientação que envolvem famílias carentes de gestantes e mães de crianças de 0 a 6 anos.
“Nossos critérios se baseiam na partilha solidária e subsidiária do Evangelho e nas práticas da saúde preventiva ou curativa, com aparatos científicos e também os repassados de sabedoria popular. Nossos meios se alicerçam na formação e atuação do voluntariado”, consta na proposta da Pastoral.
Seus voluntários são pessoas que vivem no mesmo local que as famílias acompanhadas e são capacitados para se tornarem líderes. Realizam três atividades principais: a visita domiciliar, o Dia da Celebração da Vida e a reunião para reflexão e avaliação dos trabalhos desenvolvidos.
Atualmente, a Pastoral da Criança no Brasil tem mais de 261 mil voluntários presentes em 4.066 municípios. Cerca de 1, 8 milhão de crianças e 95 mil gestantes são acompanhadas mensalmente.
De maneira geral, os voluntários da Pastoral da Criança fazem a avaliação nutricional e pesagem das crianças, distribuição da multimistura (complemento alimentar), além de palestras e orientações sobre o desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Para as gestantes, é feita desde a orientação sobre os cuidados importantes na gravidez até preparo para o aleitamento materno, pré-natal, alimentação, higiene, apoio psicológico e preparo para o parto.
Dividida em setores pela cidade, a Pastoral objetiva fornecer um conhecimento básico sobre nutrição e valores familiares, para que as pessoas tenham melhor qualidade de vida. Somente no bairro de Uvaranas, são 914 crianças e 60 gestantes, totalizando 710 famílias acompanhadas.
Andréia de Lara Santos (foto) mora na Vila Marina, tem cinco filhos e sempre recebeu o acompanhamento da Pastoral. “Tive todo o apoio desde a gravidez do meu filho mais novo de quatro meses. Achei bem importante”, conta Andréia.
Já a moradora do Jardim Paraíso Lilia Alves de Meira têm 03 filhos, um de seis, outro de quatro e o mais novo com dois anos. Ela conta que começou a buscar a Pastoral porque seu primeiro filho estava abaixo do peso.
“Na pastoral recebi orientações para alimentação do meu filho e a multimistura”. Hoje, segundo ela, seu filho está bem ‘gordinho’. Pelo fato de a ajuda da Pastoral da Criança ter dado resultado com o primeiro filho, Lilia quando teve outros filhos não hesitou em ir novamente à Pastoral.
Leoni Gonçalves Nabozny tem sete filhos e 10 netos. Ela mora no Jardim Paraíso e já trabalhou por dois anos na Pastoral. Parou de ser voluntária devido a problemas de saúde. Quando questionada sobre a importância da Pastoral para a comunidade, ela relata um caso que acompanhou.
“Uma vez, eu livrei uma gestante de fazer um aborto. Ela estava muito triste de estar grávida. Fui correndo ter uma conversa com ela e fiquei muito feliz por ela ter desistido da idéia e resolver ter o bebê. É nessas horas que a gente se sente realizada”, lembra Leoni.
Fonte: Portal Comunitário de Ponta Grossa
Reportagem e fotos: Alyne Lemes, André Salustiano, Claudia Geisler e Michael Ferreira