As coordenadoras, líderes comunitárias e agentes de saúde que formam a Pastoral da Criança de Cruzeiro do Iguaçu estiveram reunidas na quarta-feira, 25 de novembro.
Segundo a presidente Darli Refatti, a colaboração de todas as pessoas envolvidas foi fundamental para mais um ano de muitas conquistas. O apoio da administração do prefeito Dilmar, através da Secretaria de Assistência Social, sob o comando da primeira dama Sandra Ghedin Túrmina, foi decisivo para que pudéssemos novamente alcançar e até superar nossas metas. “A conscientização dos pais também contribui de forma significativa”, explica Darli.
Objetivos
A Pastoral da Criança é uma organização comunitária, que tem seu trabalho baseado na solidariedade humana e na partilha do saber. O objetivo é o desenvolvimento integral das crianças, da concepção aos seis anos de idade, em seu contexto familiar e comunitário, a partir de ações de caráter preventivo e que fortaleçam o tecido social e a integração entre a família e a comunidade.
A Pastoral da Criança é um organismo de ação social da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, de atuação ecumênica, ou seja, aberta a pessoas de todas as religiões. Também não faz distinção de raça, cor, sexo, opção política ou nacionalidade. O voluntário da Pastoral da Criança realiza mais do que um trabalho junto às famílias que acompanha: ele tem uma missão de Fé e Vida, de fraternidade cristã, de amor e de co-responsabilidade social.
A base de todo o trabalho da Pastoral da Criança são a família e a comunidade. A dinâmica consiste em capacitar líderes comunitários, que residem na própria comunidade, para mobilização das famílias nos cuidados com os filhos. Esta metodologia conta com três grandes momentos de intercâmbio de informações que ajudam no fortalecimento da solidariedade:
- Visitas domiciliares mensais, realizadas pelos líderes a cada família acompanhada;
- Dia do Peso, quando cada comunidade se reúne para pesar todas as suas crianças;
- Reuniões mensais entre os líderes de uma mesma comunidade, para refletir e avaliar o trabalho realizado no mês anterior e para reforçar a soma de esforços para superar as dificuldades.
Em todas as comunidades atendidas, coloca-se em prática um conjunto de ações que vão daquelas voltadas para a sobrevivência e desenvolvimento integral da criança até a melhoria da qualidade de vida das famílias carentes, tanto no plano físico e material como no espiritual. Desta maneira, procura gerar igualdade de oportunidades, justiça e paz. Entre essas ações destacam-se:
1. Apoio integral às gestantes:
Orientação e supervisão nutricional das futuras mães, valorizando a vida a partir da gestação, preparando essas gestantes para o aleitamento materno e encaminhando-as para as consultas de pré-natal;
2. Incentivo ao aleitamento materno - a primeira escola do amor e da paz:
Ações que garantam à criança condições físicas, psíquicas e emocionais para se desenvolverem em plenitude, e à mãe, um maior espaçamento entre os partos;
3. Vigilância nutricional:
Pesagem mensal de cada criança acompanhada e orientação aos pais ou responsáveis para os cuidados e o acompanhamento do peso e do crescimento da criança;
4. Alimentação enriquecida:
Ações concretas para o aproveitamento de produtos de grande valor nutricional e de baixo custo, disponíveis nas próprias comunidades, além de evitar os desperdícios de grande parte dos alimentos, como folhas, cascas e sementes;
5. Controle de doenças diarréicas:
Disseminação de formas de prevenção das diarréias e práticas de reidratação oral, principalmente através do soro caseiro, com o uso de colher-medida, distribuída gratuitamente;
6. Controle de doenças respiratórias:
Prevenção das doenças respiratórias, identificação dos sinais de risco, especialmente das pneumonias, e encaminhamento ao serviço de saúde e acompanhamento domiciliar à criança em tratamento.
7. Remédios caseiros:
Educação das mães e demais familiares para as práticas de medicina natural e caseira, utilizadas tradicionalmente pelas avós;
8. Estímulo à vacinação de rotina das crianças e das gestantes:
Incentivo às famílias para a participação nas campanhas de vacinação, a fim de prevenir as doenças infecto-contagiosas, preveníveis por vacina, e organização comunitária para facilitar o acesso aos postos de vacinação de rotina;
9. Brinquedos e Brincadeiras:
Promover brinquedos e brincadeiras com as crianças no Dia da Celebração da Vida (dia do peso), em dias de reuniões com os pais, em momentos de lazer na comunidade.
Relembrar brinquedos e brincadeiras com pais e familiares das crianças, dando-lhes a oportunidade de compartilhar com suas crianças experiências lúdicas, reforçando os laços afetivos entre as gerações.
10. Prevenção de acidentes domésticos:
Estímulo às ações, no interior das famílias e das comunidades, que levem à identificação dos sinais de perigo para a criança, ajudando a prevenir os acidentes na infância;
11. Educação para Paz:
Ações concretas que visem a solução da agressividade de forma não-violenta e o desenvolvimento de um ambiente de acolhida e proteção às crianças, criando na família uma cultura de paz, através da continuidade das ações da campanha A Paz Começa em Casa.
As ações de prevenção da violência doméstica e educação para a Paz fazem parte das atividades da Pastoral da Criança desde sua fundação.
12. Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis:
Prevenção das DST - doenças sexualmente transmissíveis -, especialmente a AIDS, junto às famílias acompanhadas pela Pastoral e em parceria com outras entidades da sociedade civil, e disseminação de ações de solidariedade para com as pessoas e grupos de portadores dessas doenças;
13. Saúde Bucal:
Orientação das mães sobre noções e práticas de prevenção da cárie em bebês e desenvolvimento de ações de higiene bucal;
14. Catequese do ventre materno aos seis anos de idade:
Práticas que ajudem a vivenciar e desenvolver a espiritualidade como forma de valorização da vida e resgate da dignidade humana no seio da família e da comunidade.
As lideres comunitárias juntamente com as coordenadoras trabalham voluntariamente. As agentes são as únicas com gratificação porque são emprestadas pela Secretaria de Saúde. “Não somos remuneradas, mas recebemos uma recompensa muito maior: a consciência do dever social cumprido”, conclui Darli Refatti.
O encontro de confraternização realizado na semana passada contou com as presenças da Secretária Sandra e Dona Geni Pontes, ambas da Assistência Social, além dos vereadores Luiz Carlos Fretta (PDT) (presidente da Câmara) e Lurdes Bertoldo (PMDB).
Fonte: Rádio Independente - 04/12/09