De parto normal, nasceu nesta segunda-feira (22 de julho) em Londres o bebê real, filho da duquesa de Cambridge, Kate Middleton, e do príncipe William. O menino que nasceu com 3,798 kg, terceiro na linha sucessória e futuro rei é o terceiro bisneto da rainha Elizabeth. De parto normal nascem os príncipes porque o parto normal, no tempo certo, é o mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê.


A Pastoral da Criança incentiva o parto normal. E o Ministério da Saúde faz campanha para  reduzir o percentual de cesarianas que já representa 43% dos partos realizados no Brasil no setor público e no privado. No Reino Unido, onde nasceu o príncipe, apenas 10% dos partos são cesarianas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as cirurgias deveriam corresponder a, no máximo, 15% dos partos.

Muitas mulheres, ou seus médicos, fazem a opção pela cesariana  quando este parto cirúrgico poderia ser evitado. A cesariana só deve ser feita se houver necessidade. Com o acompanhamento do médico no pré-natal (pelo menos seis consultas), a gestante deve realizar os exames indicados e receber orientação para garantir a sua saúde e a do bebê que vai nascer. Com todos os cuidados e atenção que este período exige, é muito grande a possibilidade de a gestante ter um parto normal ou natural, como alguns preferem dizer.

Se tudo correr bem na gestação, é importante esperar que a mulher entre em trabalho de parto. De acordo com especialistas, a idade gestacional de menor risco para a criança está entre 39 e 41 semanas. Nascimentos anteriores a esta data – mesmo com 37 ou 38 semanas, ou após 41 semanas, apresentam maior risco de doenças para o bebê. Indução de parto ou cesariana antes de 39 semanas não devem ser realizadas, a não ser que o risco para o recém-nascido ou a mãe seja muito elevado – como sofrimento fetal, sangramento, eclâmpsia.

Quando o bebê nasce por parto normal, ele é mais ativo, respira melhor e tem vontade de mamar o colostro já nas primeiras horas de vida. A mãe sente menos dor depois do parto e se recupera mais rápido. No parto normal, o vínculo entre mãe e filho se estabelece rapidamente. A mãe acolhe o bebê que se sente mais seguro ao ouvir seus batimentos cardíacos, sua voz e seu calor.

Novas pesquisas mostram que o período de gestação e os dois primeiros anos de vida da criança são decisivos para determinar o aparecimento de doenças crônicas na idade adulta. Doenças como diabete, hipertensão, osteoporose e doenças coronarianas estão relacionadas com o baixo peso (abaixo de 2,5 kg) da criança ao nascer.

Por isso, gestantes devem buscar uma vida saudável. Deve  consumir alimentos nutritivos e variados. Evitar o fumo e o álcool. E quando o bebê nascer amamentar no peito. O aleitamento materno funciona como uma vacina para evitar as doenças.

(Com informações do Jornal da Pastoral da Criança, março 2012)