Dom Aldo Pagotto, presidente do conselho diretor da Pastoral da Criança, em seu artigo no jornal da Pastoral da Criança do mês de maio, traz uma reflexão sobre a maternidade responsável e as atividades da Pastoral da Criança que promovem a defesa e a qualidade de vida das crianças e suas famílias.

 

Maternidade responsável

No mês de maio é Dia das Mães. Considero oportuno abordar elementos práticos sobre a maternidade responsável, entendida como atitude de amor de um homem e uma mulher que se unem num ato afetivo-sexual, aberto à geração de uma vida. Nisso consiste a nossa educação para o amor na esfera interpessoal, familiar e social. O afeto é inseparável da sexualidade. Se não for assim, o ato de união pode ser apenas instintivo, impulsionado pelas paixões da natureza. Teríamos muitos problemas se faltarmos ao respeito pela dignidade dos outros, pois ninguém pode ser considerado objeto de prazer.

O ser humano é dotado de razão, consciência e liberdade. Um ato humano do gênero afetivo-sexual volta-se para o crescimento do casal e se abre possivelmente para a geração de uma vida. Não que todo ato deva necessariamente gerar mais uma vida. Porém, o amor (afeto) é indissociável do exercício sexual (ato que provoca prazer). A afetividade e a sexualidade humana não se reduzem a um ato, nem à função procriativa. A vida do casal não se reduz a manter relacionamentos íntimos apenas por instintos.

A vida do casal se abre à maternidade e à paternidade responsável. A Pastoral da Criança orienta as mães e os pais nessa dimensão tão importante para a felicidade do casal e dos filhos. A educação para o amor do casal evita a tristeza da separação e o desmantelo da família, base da sociedade. Todas as atividades básicas e específicas da Pastoral da Criança focam o objetivo de defesa e promoção da qualidade da vida das crianças que, pois, dependem do modo como elas são tratadas em casa, pelo pais corresponsáveis pela sua formação.

A variedade das atividades da Pastoral da Criança envolve a família, de modo que a mãe e o pai sema os primeiros responsáveis pelas coisas indispensáveis, como a vacinação, a boa nutrição, a disciplina nos horários, a higiene. Os pais são responsáveis também pela transmissão dos bons valores humanos e cristãos, como o amor e o respeito aos mais velhos, a solidariedade junto aos mais precisados de socorro ou de influência de programas inadequados na TV e de falsas amizades ou de atuação de traficantes e assim por diante.

Que o Senhor imponha a sua benção sobre as mães e as gestantes contempladas com carinho e amor serviçal da liderança da Pastoral da Criança, dando-lhes saúde e paz.

 

Dom Aldo Di Cillo Pagotto

Arcebispo da Paraíba e Presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança

 

Leia também:

Artigo da Irmã Vera Lúcia Altoé sobre as mães da Pastoral Criança

 

Programa de Rádio Vida a Vida 1126 - "Dia das mães"

Norte Sul

Download Programa Norte Download Programa Sul