A Coluna Cidadania do Jornal da Pastoral da Criança trata na edição de abril dos sinais de perigo na gestação, as providências necessárias e, principalmente, sobre o planejamento mínimo para atender uma emergência que pode surgir na comunidade. Também orienta os líderes sobre eventuais dificuldades ou não atendimento nos serviços de saúde.
Leia o artigo assinado por Clóvis Boufleur, gestor de relações institucionais da Pastoral da Criança:
Caro líder: nesta edição, vamos falar dos sinais de perigo na gestação, como identificar as principais ocorrências, as providências necessárias e, principalmente, sobre o planejamento mínimo para atender uma emergência que pode surgir em sua comunidade.
A gravidez é uma experiência marcante na vida da mulher. Com a concepção, o milagre da vida acontece. Em cada mês de gestação, enquanto o bebê cresce, as alegrias e os cuidados da mãe aumentam. A maioria das gestantes não tem problemas de saúde. No entanto, algumas podem desenvolver doenças que colocam em perigo a sua saúde e a vida do bebê.
Vale lembrar como faz diferença o líder acompanhar a gestante desde o início da gravidez. Você pode explicar logo no início sobre o pré-natal de qualidade e os cuidados que a gestante deve ter com a alimentação e com hábitos saudáveis de vida. Não fumar, não tomar bebidas alcoólicas e não usar drogas.
É na visita domiciliar que o líder pode orientar a mãe a prestar atenção aos “sinais de perigo” e a buscar rapidamente os serviços de saúde. No Guia do Líder, edição 2011, e também na Cartela número 3 de Laços de Amor, estão destacados os sinais de perigo (para cada trimestre da gestação) que podem passar despercebidos ou não ter dado importância, mas que podem ter consequências para a mãe e para o bebê.
Destacamos doenças que podem trazer problemas para a saúde da gestante e do bebê. A infecção urinária e a eclâmpsia. Líder, converse com as gestantes, alerte para esses sinais e oriente que em qualquer dessas situações é necessário que a gestante procure orientação médica, pois se estas doenças forem diagnosticadas e bem tratadas, a gestação pode seguir até o final sem maiores problemas.
O líder pode, ainda, dialogar com a gestante sobre um “plano de emergência” para o caso de a gestante ter algum problema e precisar chegar mais rápido ao serviço de saúde de emergência. Procure organizar a vizinhança para isso. Quem pode acompanhar a mãe, qual o transporte, trajeto e em qual unidade de saúde buscar atendimento? Ou ainda: quem pode cuidar das crianças menores da família?
Em caso de dificuldade ou não atendimento nos serviços de saúde leve o problema ao articulador de sua comunidade. Conselhos Municipais e Ouvidorias de Saúde são também outros órgãos para prestar esclarecimentos e receber reclamações da população. Líder, lembre-se que a comunidade organizada pode ajudar a melhorar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde.
Clóvis Boufleur
Gestor de Relações Institucionais