Ao acompanhar a gestante desde os primeiros meses de gravidez, o líder tem possibilidades de ajudar a mãe e o bebê a terem melhores condições de saúde. Com os estudos que mostram a influência dos primeiros mil dias (a gestação mais os dois primeiros anos de vida), os cuidados na gestação – com pré-natal, alimentação e hábitos saudáveis – podem ser decisivos para o bebê nascer com saúde e ter menor risco de doenças crônicas na idade adulta. Confira o artigo de Clóvis Boufleur, publicado no Jornal da Pastoral da Criança, em março 2013.
O pré-natal protege o bebê e a mãe durante a gravidez
Caro líder, escrevemos no mês anterior sobre o Mutirão na comunidade para garantir o acompanhamento da gestante desde o início da gravidez. Ao cadastrar a gestante desde os primeiros meses de gravidez, o líder tem possibilidades de ajudar a mãe e o bebê a terem melhores condições de saúde. Com os estudos que mostram a influência dos primeiros mil dias (a gestação mais os dois primeiros anos de vida), os cuidados na gestação – com pré-natal, alimentação e hábitos saudáveis – podem ser decisivos para o bebê nascer com saúde e ter menor risco de doenças crônicas na idade adulta.
Houve um avanço nos últimos vinte anos no serviço público de saúde com o objetivo de melhorar o acesso, a qualidade do pré-natal e o atendimento, de forma acolhedora, à gestante, ao recém-nascido e familiares. É direito da gestante ter um pré-natal e o parto atendidos por profissionais atenciosos e bem preparados. Novos programas e pesquisas são desenvolvidos para aperfeiçoar os serviços prestados pelo serviço público de saúde.
Desde maio deste ano, as mães atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) estão sendo ouvidas pela Ouvidoria da Rede Cegonha. São avaliados os serviços prestados, desde a descoberta da gravidez até o parto, além do acompanhamento médico da criança até os dois anos. A pesquisa feita por telefone apresenta questões sobre atenção à saúde da mulher no pré-natal, parto, pós-parto, saúde da criança e outras questões.
O pré-natal foi criado para proteger o bebê e a mãe, durante a gravidez, por meio de cuidados médicos, nutricionais, psicológicos e sociais. Líder, ao encontrar uma mulher que desconfia estar grávida, encaminhe-a logo para o serviço de saúde. Um exame de urina ou sangue vai comprovar se há gravidez. Se o exame for positivo, a gestante deve iniciar o pré-natal. É bom lembrar que cada gravidez é diferente, e a gestante deve fazer o pré-natal em todas as gestações, com pelo menos seis consultas. No pré-natal é possível descobrir e tratar algumas doenças que prejudicam a mãe e o bebê.
No Guia do Líder, sobre o encaminhamento para o pré-natal, estão listados todos os exames, procedimentos e informações que o serviço público de saúde deve oferecer à gestante. Conhecendo bem como é um pré-natal de qualidade, a gestante pode buscar seus direitos e também fazer a sua parte de acordo com as orientações recebidas. Além do pré-natal, toda gestante deve ter especial atenção neste período com a alimentação e hábitos saudáveis de vida. Não fumar, não tomar bebidas alcoólicas e não usar drogas. Preparar-se para a amamentação porque o leite de peito é o melhor alimento para o bebê.
Líder, nas visitas às gestantes converse, aconselhe e confirme se estão recebendo um pré-natal de qualidade nos serviços de saúde. Defenda este direito, e no caso de haver baixa qualidade nos serviços, converse com o articulador da Pastoral da Criança ou leve a situação ao Conselho de Saúde. Você pode contribuir para melhorar a qualidade dos serviços de saúde em sua comunidade.
Clóvis Boufleur
Gestor de Relações Institucionais