O Brasil está entre os cinco países que mais diminuíram a mortalidade infantil nos últimos vinte anos. Igualmente, reduziu pela metade a taxa de mortalidade materna. O trabalho da Pastoral da Criança, por meio de seus milhares de voluntários, contribuiu significativamente para estes resultados, assim como as ações de atenção básica do Sistema Único de Saúde, o SUS. Na edição de fevereiro do Jornal da Pastoral da Criança, o gestor de relações institucionais Clóvis Boufleur fala da importância dos líderes acompanharem as gestantes desde o início da gravidez.

 

Leia a íntegra do artigo:

 

É tempo de mutirão em busca de novas gestantes

O Brasil está entre os cinco países que mais diminuíram a mortalidade infantil nos últimos vinte anos. Igualmente, reduziu pela metade a taxa de mortalidade materna. O trabalho da Pastoral da Criança, por meio de seus milhares de voluntários, contribuiu significativamente para estes resultados, assim como as ações de atenção básica do Sistema Único de Saúde, o SUS. O apoio integral às gestantes - orientação e supervisão nutricional das futuras mães, encaminhamento para as consultas de pré-natal e preparação para o aleitamento materno – é fator decisivo para o país atingir as metas de redução de mortes materno-infantis.

O acompanhamento das gestantes pela Pastoral da Criança, muitas vezes, inicia-se muito tarde. É para garantir o acompanhamento da gestante desde o início da gravidez, que a Pastoral da Criança propôs, há alguns anos, a realização de um mutirão a cada três meses, a partir de fevereiro, em todas as comunidades, ocasião em que os líderes buscam novas gestantes.

Quando acompanha a gestante desde os primeiros meses de gravidez, o líder tem possibilidades de ajudar a mãe e o bebê a terem melhores condições de saúde. Com carinho, o líder pode ajudar a gestante a ter segurança neste momento importante de sua vida. Orientá-la sobre as consultas de pré-natal, os sinais de perigo e os cuidados para ter uma gravidez tranquila. Estudos científicos mostram que os cuidados nos primeiros mil dias (a gestação mais os dois primeiros anos de vida) têm influência na condição de saúde da pessoa na vida adulta.

O Boletim “Dicas” número 26, de 2004, traz orientações sobre a organização do mutirão. Ele deve ser planejado em reunião do coordenador de ramo com os coordenadores comunitários e líderes. Na reunião, além da motivação para a atividade, os participantes podem escolher um ou mais dias do mês para realizarem o mutirão. É importante que seja um dia em que a maioria dos líderes possa participar.

Nessa reunião devem ser vistos os materiais a serem utilizados pelos líderes nas visitas domiciliares: Guia e Caderno do Líder, as Cartelas Laços de Amor e os 10 Mandamentos da Paz na Família. Se os materiais não estiverem disponíveis, devem ser solicitados à Coordenação do Setor. É preciso também mapear a comunidade, planejar horários, locais e responsáveis pelas visitas em cada rua, cada casa. Todas as ações e a melhor forma de abordagem das gestantes estão descritas no Dicas, cujo conteúdo pode ser acessado no endereço de internet www.pastoraldacrianca.org.br. Após o mutirão, os líderes devem se reunir com seus coordenadores para avaliar as visitas, verificar resultados obtidos e planejar o próximo mutirão.

A busca das gestantes é uma ação concreta na nossa missão. A Dra. Zilda Arns em suas mensagens, conclamava os líderes para a preparação do mutirão: ”Quanto antes as gestantes começarem a serem acompanhadas pelos líderes da Pastoral da Criança, mais chances elas terão de uma gestação saudável e um parto seguro, pois sabemos que o líder acompanha, ora, vigia, como o Bom Samaritano que busca o bem e a saúde de quem precisa”. Bom trabalho a todos e todas.

Clóvis Boufleur, Gestor de Relações Institucionais

 

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