Ao iniciarmos um novo ano, queremos lembrar a vocação dos líderes da Pastoral da Criança, que a exemplo do lema da Campanha da Fraternidade 2013 “Eis-me aqui, envia-me”, está sempre disponível para atender e acolher as famílias e crianças mais necessitadas, nessas três décadas de serviço em favor da vida e da esperança.

 

O lema “Eis-me aqui, envia-me”, da Campanha da Fraternidade 2013, inspirou o Calendário da Pastoral da Criança deste ano. São temas resumidos em frases para ajudar os líderes no planejamento mensal de suas atividades. Uma sugestão é organizar iniciativas locais de comunicação e informação sobre o destaque do mês. O encontro com a comunidade no Dia da Celebração da Vida é uma boa oportunidade para o líder propor uma reflexão sobre o tema e partilhar conhecimentos.

Os temas buscam, no seu conjunto, focar os cuidados nos primeiros 1000 dias (a gestação mais os dois primeiros anos de vida) da criança. Como descreve a nova cartela incluída nos Laços de Amor, estudos científicos apontam que muitas doenças crônicas na vida adulta como diabetes, hipertensão ou doenças coronarianas têm sua origem nos primeiros 1000 dias de vida.

As consultas de pré-natal e os exames necessários, o controle da pressão arterial, a boa nutrição, a abstenção do fumo e de bebidas alcoólicas não são apenas importantes para o parto e o nascimento de um bebê com saúde. São fundamentais para o desenvolvimento da criança e podem determinar uma vida adulta mais saudável.

O tema do calendário para o mês de janeiro - “A vida é um dom sagrado. Eis-me aqui para protegê-la desde o ventre materno” - invoca a missão e o compromisso do líder da Pastoral da Criança, que se põe a serviço para acompanhar a gestante e defender a nova vida. Para os Cristãos e demais Tradições Religiosas, a vida humana é obra divina, é a obra de Deus que deve acolhida, promovida e protegida.

O respeito à vida humana é também uma conquista da humanidade graças ao avanço das ciências e das leis na área de “direitos humanos”. Um marco nessa evolução veio depois da Segunda Guerra Mundial, em 1948, com a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada pelos países na Organização das Nações Unidas (ONU).

Os direitos humanos valem para todas as pessoas, independente de raça, sexo, nacionalidade, religião, raça ou qualquer outra condição. Esses direitos incluem o direito à vida, à liberdade, à educação, ao trabalho, à liberdade de expressão, entre muitos outros.

No Brasil, a Constituição Federal prevê a proteção da vida desde a concepção. Assim, pela lei, é garantido a todo brasileiro o direito de continuar vivo (não ser morto) e de ter condições dignas de vida: o direito à saúde, à educação, à segurança, entre outros.

 

Clóvis Boufleur

Gestor de Relações Institucionais