O Ministério da Saúde inaugurou dia 18 de julho em Porto Príncipe, capital do Haiti, o "Espaço de Saúde Zilda Arns", em homenagem à médica sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, que morreu no terremoto que atingiu aquele país caribenho em janeiro de 2010. Localizado na Embaixada do Brasil no Haiti, o espaço - que já vinha funcionando de forma improvisada – vai abrigar as equipes técnicas que trabalham no projeto de cooperação firmado entre os governos do Brasil, Haiti e Cuba para fortalecer o sistema de saúde do país.

 

Participaram da solenidade de inauguração do espaço o embaixador do Brasil no Haiti, José Luis Machado Costa; o coordenador da Pastoral da Criança Internacional, médico Nelson Arns Neumann, filho de Zilda Arns; a missionária da Pastoral da Criança no Haiti, irmã Rosângela Altoé, representantes do Ministério da Saúde entre outras autoridades e convidados. O novo espaço tem painéis e fotos, com textos em francês e português que destacam a trajetória da médica brasileira.

 

A personalidade da Dra. Zilda Arns e a missão exercida na Pastoral da Criança, como fator de transformação social e pela qual ela dedicou sua vida até a morte, no Haiti, foi lembrada pelo assessor internacional do Ministério da Saúde do Brasil, Alberto Kleiman.

O embaixador do Brasil no Haiti, José Luis Machado Costa, expressou a alegria de participar da inauguração no mesmo espírito de solidariedade defendido pela Dra. Zilda Arns através do qual, em 2010, o Brasil, Haiti e Cuba assinaram o acordo tripartite para o fortalecimento do sistema de saúde pública no Haiti. "O exemplo de vida, de dedicação e de amor de Dra. Zilda deve ser fonte de inspiração para todos os que estão envolvidos nessa cooperação", frisou o embaixador.

Nelson Arns Neumann lembrou o forte desejo que moveu Dra. Zilda Arns, em janeiro de 2010, a deixar suas férias - momento considerado sagrado para família e que nenhum compromisso passava à frente. Pelo povo do Haiti decidiu, com alegria, deixar o aconchego familiar e as férias para expandir a missão da Pastoral da Criança no país. "Sua morte – disse Nelson - foi expressão de sua vida: morreu em missão, pois assim foi sua vida." E reafirmou o desejo de que a Pastoral da Criança continue a salvar a vida de muitas mães e crianças no Haiti.

A representante do Ministério da Saúde do Haiti, diretora Marie Guirlaine Raymond, elogiou a atuação solidária do Brasil e lembrou a necessidade de seu país desenvolver essa mesma solidariedade em favor de mais vida para seu povo.

Colaboração: irmã Rosângela Altoé