O Jornal Pastoral da Criança, na edição de março, destaca as vantagens do parto normal tanto para a mãe como para o bebê. Quando o bebê nasce por parto normal, ele é mais ativo, respira melhor e tem vontade de mamar o colostro já nas primeiras horas de vida. A mãe sente menos dor depois do parto e se recupera mais rápido. No parto normal, o vínculo entre mãe e filho se estabelece rapidamente. Confira o artigo assinado por Clóvis Boufleur, gestor de relações institucionais da Pastoral da Criança.
Líder, o tema proposto pelo Calendário da Pastoral da Criança para este mês é sobre as vantagens do parto normal. Muito oportuno, no momento em que ficamos sabendo que está aumentando o número de cesarianas no país. Em 2010, o percentual de cesarianas superou o de partos normais. As cesáreas chegaram a 52% do total. O ideal recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 15%.
Muitas mulheres, ou seus médicos, fazem a opção pela cesariana quando este parto cirúrgico poderia ser evitado. Em alguns casos, a indicação médica de parto cesariana é uma necessidade. Por isso, é muito importante que, confirmada a gravidez, a gestante inicie o pré-natal e esteja bem informada para, junto com o médico, decidir com segurança qual a melhor forma de parto.
Com o acompanhamento do médico no pré-natal (pelo menos seis consultas), a gestante deve realizar os exames indicados e receber orientação para garantir a sua saúde e a do bebê que vai nascer. Com todos os cuidados e atenção que este período exige, é muito grande a possibilidade de a gestante ter um parto normal ou natural, como alguns preferem dizer.
Se tudo correr bem na gestação, é importante esperar que a mulher entre em trabalho de parto. De acordo com especialistas, a idade gestacional de menor risco para a criança está entre 39 e 41 semanas. Nascimentos anteriores a esta data – mesmo com 37 ou 38 semanas, ou após 41 semanas, apresentam maior risco de doenças para o bebê. Indução de parto ou cesariana antes de 39 semanas não devem ser realizadas, a não ser que o risco para o recém-nascido ou a mãe seja muito elevado – como sofrimento fetal, sangramento, eclâmpsia.
Quando o bebê nasce por parto normal, ele é mais ativo, respira melhor e tem vontade de mamar o colostro já nas primeiras horas de vida. A mãe sente menos dor depois do parto e se recupera mais rápido. No parto normal, o vínculo entre mãe e filho se estabelece rapidamente. A mãe acolhe o bebê que se sente mais seguro ao ouvir seus batimentos cardíacos, sua voz e seu calor.
Novas pesquisas mostram que o período de gestação e os dois primeiros anos de vida da criança são decisivos para determinar o aparecimento de doenças crônicas na idade adulta. Doenças como diabete, hipertensão, osteoporose e doenças coronarianas estão relacionadas com o baixo peso (abaixo de 2,5 kg) da criança ao nascer.
Por isso, gestantes devem buscar uma vida saudável. Confira no Guia do Líder e nos Laços de Amor as orientações sobre o hábito de consumir alimentos nutritivos e variados. Evitar o fumo e o álcool. E quando o bebê nascer amamentar no peito. O aleitamento materno funciona como uma vacina para evitar as doenças.
Clóvis Boufleur
Gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança