Cerca de 450 pessoas participam neste sábado (8) da 1ª Caminhada pela Vida, um ato ecumênico que reuniu líderes e fiéis de diversas igrejas cristãs e da Pastoral da Criança de São Carlos.

 

No início do evento foram apresentados diversos testemunhos de vida e a fala dos líderes religiosos e políticos presentes. De acordo com o professor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), João Virgílio Tagliavini, os temas debatidos pelo movimento contam com seu apoio, mas com alguma ressalva. “Eu sou favorável a toda mobilização em defesa da vida, em qualquer de suas formas, do menor, do nascituro, do jovem, adulto, idoso etc. Em todo caso, penso que o que antecede o movimento em defesa da vida, contra o aborto, por exemplo, é a educação para a paternidade e maternidade responsáveis, dentro do planejamento familiar e do apoio da sociedade, por meio de políticas públicas, que garantam a vida de mãe e filho”.

O docente cita um exemplo: “Uma mulher que disse isto no cotidiano de sua prática foi a médica Zilda Arns, que teve sua vida interrompida no terremoto do Haiti, mas que vive nas milhares e milhares de crianças que sobreviveram graças ao seu trabalho na coordenação de uma grande rede de voluntários na pastoral do menor”, relata.

Quanto ao movimento, Tagliavini define como pertinente e se diz a favor dessas iniciativas. “Eu acho que deve ser incentivada toda organização da sociedade em defesa dos direitos humanos, de todos eles, é fundamental lutar pela vida, contra a violência e pela paz, o que só pode ser garantido pela justiça”, afirma.

Na visão penal, o professor nos explica que um movimento dessa natureza é perfeitamente legal. “O movimento busca sua justificação e legalidade no Artigo 5º da Constituição Federal. É, portanto, garantido o direito constitucional neste e em outros artigos também”.

Para completar, o professor diz-se baseado em sua formação: “filosofia, teologia, direito e educação”, finaliza.

Fonte: Jornal Primeira Página - Jeferson Vieira e Adriel Francisco