"Como neste ano março vai ser o mês do Carnaval, resolvi animar os brinquedistas e líderes a fazerem uma comemoração com nossas crianças e famílias."
Veja o artigo de Márcia Mamede, publicado no jornal da Pastoral da Criança do mês de Março, falando sobre o Carnaval e também a mensagem em audio de Dom Aldo Pagotto.
Começo contando, resumidamente, como o Carnaval começou em terras brasileiras, porque acho muito interessante sabermos a história de fatos e comemorações da nossa cultura.
O Carnaval é uma das festas populares mais animadas do mundo. Para nós, do Brasil, teve sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam água, ovos e farinha umas nas outras. Imaginem a alegria das crianças com essa farra. O entrudo acontecia num período que vinha antes da quaresma, a qual se constitui num tempo de meditação, penitência. As comemorações do entrudo tinham um significado ligado à liberdade para depois entrarem num tempo de meditação e oração.
No Brasil, por volta de 1880, 1890, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos tornaram-se mais populares no início do século XX, ou seja, de 1900. As pessoas se fantasiavam, enfeitavam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está aí a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
No século XX, o Carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. As marchinhas carnavalescas ajudaram o Carnaval a crescer, pois a música animava as pessoas a dançarem e brincarem.
Acho que o espírito de liberdade e alegria dos primeiros entrudos é que deve predominar nas comemorações do Carnaval com as famílias nas comunidades. Os brinquedistas, brincadores e líderes poderiam aproveitar para, durante o mês de março, organizar “Ruas do brincar” e também na Celebração da Vida propondo às crianças e seus familiares para festejarem o Carnaval fazendo juntas fantasias de jornal, papel; cantando as músicas do carnaval da sua região, organizando um bloco para desfilar na comunidade, passando momentos de alegria juntas. Aqui, onde moro, temos um bloco que tem até um carro alegórico, uma carrocinha de entrega de compras do supermercado, em que o pessoal coloca seus cachorros fantasiados e eles vão latindo para acompanhar a música. Participam da bagunça “organizada” desde criança de meses até os mais idosos. Depois da “concentração” em que as crianças brincam, as pessoas cantam e conversam, damos a volta no quarteirão numa confraternização e animação grandes. Viva a alegria!
Márcia Mamede - Assistente Técnica da Pastoral da Criança
Artigo publicado no jornal da Pastoral da Criança do mês de Março 2011
Ouça a mensagem de Dom Aldo Pagotto para o Carnaval