Líder, nas visitas e dias da Celebração da Vida você ouve das mães as reclamações sobre os serviços públicos de saúde. Além de filas para consultas, em muitos lugares, faltam até vacinas ou mesmo seringas para aplicar vacinas. Um absurdo! Nos casos de gestante e criança não podemos abrir mão de lutar para que exista prioridade absoluta no atendimento. Quando existem problemas no serviço de saúde, o primeiro passo é a conversa franca e aberta com as pessoas que trabalham na unidade básica de saúde e outros serviços.
Mas existem situações em que é preciso unir forças com outras pessoas, coordenações, padres, pastores, associações e entidades para levar as reclamações das mães até o secretário de saúde, o prefeito da cidade ou mesmo para a promotoria pública. Mas como fazer isso?
Ouvidoria
Um das maneiras de fazer a voz das mães chegar para as autoridades responsáveis é levar as informações para as ouvidorias públicas, centrais de informações e comissões especiais de saúde na câmara de vereadores. Na medida em que as pessoas buscam estes lugares, ocorre uma pressão para que as soluções apareçam.
No caso das ouvidorias, além de ajudar a resolver problemas, elas também podem gerar informações para planejar melhor os serviços. Muitas prefeituras tem um endereço de ouvidoria na página da prefeitura, na Internet.
Em muitos casos, é preciso usar a estratégia de orientar as pessoas para pedir informações públicas (Lei Nº 12.527, de 18 de novembro de 2011). Comece com a frase “solicito nos termos da lei informações sobre a qualidade dos serviços na Unidade Básica de Saúde, ou sobre a ausência de profissionais de saúde, falta de medicamentos e exames”. A prefeitura tem um prazo de 20 dias para responder. A resposta pode servir como documento para levar o fato ao Ministério Público. Defendemos o atendimento com qualidade às gestantes com oferta de, no mínimo, seis consultas de pré-natal, exames básicos e pronto tratamento, caso alguma doença seja detectada. O pré-natal bem feito influência diretamente na qualidade da gestação e do parto. Na Pastoral da Criança, de cada dez gestantes, nove fazem as consultas de pré-natal. Mas, boa parte das gestantes, infelizmente, começa tarde o acompanhamento, geralmente após o terceiro mês de gestação. Esse atraso pode ser prejudicial para a saúde da criança e da mãe. Além disso, nem sempre a consulta e tratamento são feitos com qualidade e, por isso, não trazem os resultados esperados.
O pré-natal
É recomendado que todas as gestantes recebam três doses da vacina antitetânica. Nos últimos anos, houve pequena melhoria na vacinação antitetânica durante o pré–natal.
Em todas as consultas de pré-natal, a equipe de saúde deverá medir a pressão arterial, verificar o peso, medir a barriga, escutar o coração do bebê e anotar essas informações no Cartão da Gestante. Ao longo da gestação, a mulher deverá fazer exame ginecológico, de sangue, de urina, além de ser informada sobre cuidados com o corpo, amamentação, alimentação, a rotina das vacinas e sobre os sinais de perigo na gestação.
Lutemos juntos para que todas as crianças tenham vida em abundância.
Saiba mais SBP: Pediatria ambulatorial
Clóvis Boufleur Gestor de Relações Institucionais.
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