Já foi o tempo em que a mulher só procurava o serviço de saúde para o parto ou alguma doença mais grave. As mulheres estão cada vez mais conscientes da importância de cuidarem de si mesmas através do autocuidado e da prevenção de doenças. Mas nada veio por acaso. Fruto de muita luta, ao longo dos anos, as mulheres foram assumindo desafios e conquistando também seu espaço no campo da saúde. Exemplo disso é uma área do Ministério da Saúde dedicada à saúde da mulher, como também diversas campanhas, especialmente a de prevenção do câncer de mama, de colo de útero e de atenção à gestação e parto.
Pensar na saúde da mulher é ter uma visão integral: saúde física, emocional, laboral e social. Em todas essas áreas as mulheres estão muito alertas e ativas, tanto na conquista e respeito aos seus direitos, como na melhoria da qualidade de vida no dia a dia.
Programa de rádio Viva a Vida
Programa de Rádio 1255 - 19/10/2015 - Saúde da mulher
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
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Para saber mais sobre a saúde da mulher, confira a entrevista com Regina Reinaldin, enfermeira da coordenação nacional da Pastoral da Criança.
Para ter bem-estar físico, o que a mulher precisa fazer?
A mulher, hoje em dia, precisa de um acompanhamento regular para controlar e prevenir as possíveis alterações que possam acontecer na vida agitada que ela leva. Ela tem acesso à isso nos Postos de Saúde: só que ela tem que ir. Um dos aspectos que ela tem que prestar atenção é com as doenças cardiovasculares, que são a maior causa de mortes, hoje em dia, de mulheres; muito mais do que câncer e outras doenças. Outro ponto é que a mulher deve fazer um check up anual: das mamas, os exames preventivos ginecológicos, a saúde dos ossos, a saúde hormonal, o cálcio, o diabetes, a dosagem de colesterol. Essa é uma parte do cuidado com a saúde.
O aspecto mental também influencia muito na saúde integral da mulher?
Atualmente, a mulher, devido a toda a agitação que vive, sofre muito com o aspecto mental, emocional. Não se deve esquecer do estresse, da depressão, o nervosismo, a ira. Todos esses sentimentos, mal trabalhados, diminuem as defesas do organismo contra as doenças e diminuem a qualidade de vida da mulher. Ela precisa buscar o bem-estar mental, como: o equilíbrio emocional, o bom convívio na família.
Outra coisa que ajuda a ter boa saúde é o bem-estar social. Como é isso?
A gente pode dizer que uma pessoa tem bem-estar social quando ela tem uma moradia adequada, acesso ao serviço de saúde, tem uma renda satisfatória. Tudo isso traz o bem-estar social. Sem falar dos relacionamentos que ela tem na comunidade e no âmbito familiar.
Foto: Marcelo Caldin
Regina Reinaldin - Enfermeira da Pastoral da Criança
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Que outras orientações você daria para que as mulheres possam ter boa saúde?
Primeiro, cuidar da saúde física: através dos exames preventivos e, se tiver alguma doença crônica, procurar seguir corretamente o tratamento. Segundo, trabalhar a saúde mental: evitar o estresse, a depressão, o pessimismo. E, terceiro, cuidar com os relacionamentos: procurar boas amizades, viver em harmonia com todos e saber que isso não acontece de uma maneira mágica, mas deve ser trabalhado no dia a dia e na vida inteira.
Leia a entrevista na íntegra: 1255 - Entrevista com Regina Reinaldin - Saúde da mulher (.PDF)
Pastoral da Criança apoia o Outubro Rosa
O Outubro Rosa é uma campanha de conscientização dirigida à sociedade e às mulheres, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Geralmente, este tipo de câncer afeta as mamas, mas atinge a mulher de maneira integral, pois o tratamento traz uma série de consequências físicas e emocionais. É recomendado que estas mulheres conversem com quem está passando ou já passou por isso. Existem grupos de apoio que ajudam na superação desta fase e no entendimento deste processo.
A Pastoral da Criança alerta as mulheres sobre a prevenção durante o pré-natal e orienta sobre a importância da amamentação, que é uma proteção natural. Mesmo aquelas mulheres que desenvolvem o câncer de mama, se amamentaram por mais de um ano, têm chance de desenvolver um tipo de câncer menos agressivo, com melhor prognóstico. Essa proteção independe de idade, etnia, paridade e presença ou não de menopausa.
Além das fachadas iluminadas por tons rosados e de exames das mamas, outubro é um mês de incentivo para que as mulheres dediquem um tempo de qualidade a sua saúde, pensando sempre no bem estar físico, emocional e social. Que tal fazer um check-up completo e reservar mais momentos para atividades de relaxamento e alegria?
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