Informação e orientação para combater a febre nas crianças

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Apesar de não ser uma doença e sim um sintoma clínico de que o organismo está em processo de defesa contra uma infecção, a febre é um dos quadros que mais preocupa os pais. Acompanhar a evolução do quadro e os sintomas que a criança tem é essencial para diagnosticar a doença por detrás da febre.

“Nós recebemos um chamado dos vizinhos, havia um bebê que chorava muito e eles acreditavam que a mãe não estava cuidando da criança. No dia seguinte, eu e outra líder fomos fazer uma visita, nos apresentamos como voluntárias da Pastoral da Criança, perguntamos como estava o bebê e pedimos para vê-lo. Ele estava bem cuidadinho, mas tinha muita febre e como a mãe nos contou, a febre voltava há vários dias, mas os médicos ainda não sabiam a causa. E como ele era muito pequenininho, sentia dor e chorava muito”, contou a coordenadora Amélia Catarina Rodrigues da Silva, da Paróquia Senhor Bom Jesus em Colombo (PR).

“Em uma das vezes, eu estava indo visitar outra família e, no caminho, a mãe me chamou e disse que o neném estava queimando de febre de volta. Isso era um sábado de manhã e ela não tinha com quem deixar ele para ir comprar o remédio, então pedimos a receita e corremos na farmácia, enquanto ela cuidava do neném. Depois que demos o remédio que o médico tinha passado, fiquei acompanhando para ver se baixava a febre. O medicamento fez efeito e ele melhorou. Eu fui ensinando para a mãe como fazer um banho morno, a dar o remédio da forma certa, nos horários certinhos e a continuar amamentando ele para que ele crescesse forte”, lembrou a coordenadora.

É importante saber que, em muitos casos, quando os médicos receitam antitérmicos, a intenção não é curar a doença ou tratar a febre, mas melhorar o conforto e o bem-estar da criança, para que ela se alimente, se hidrate e durma melhor. E, assim, tenha forças para combater a doença: “Chegamos a levar ele três vezes para o hospital depois que conversamos com a mãe. Ele ficava internado, melhorava, voltava pra casa e a cada 15 dias mais ou menos, dava uma febre alta e ele piorava. Os médicos vieram a descobrir que a febre era por causa de uma infecção pulmonar. Ele era prematuro, nasceu de 27 semanas e ia ser preciso que ele continuasse com o medicamento até o pulmão se formar, ele ficar mais resistente e ter anticorpos para combater a doença. Agora ele já está grandinho, caminhando e não tem mais crises de febre, graças a Deus”, contou Amélia.

“A informação que as líderes levam para as famílias faz uma diferença grande na vida dos pais. Muitas sabem o que fazer e como fazer, mas no momento que acontece, as pessoas ficam nervosas, ficam apavoradas e não sabem o que a criança tem. E acabam nos casos mais graves, demorando para atender e levar no posto. Com as informações, sobre o que é a febre, como lidar, o que fazer, eles ficam mais seguros e calmos para atender a criança”, conclui.