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A vida é o nosso bem mais valioso e para que todos possam usufruir dela, é necessário que o acesso a saúde seja irrestrito e de qualidade. Com esse objetivo, foi criado em 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS), que garante acesso integral, universal e igualitário para toda a população brasileira.
O SUS representa o elo de ligação entre o direito à saúde, assegurado pela Constituição Federal, e sua efetivação. Mas, como devemos agir quando esse direito é negado?
Dra. Zilda
“Leve à gestante a Palavra de Deus, a certeza de que Deus a ama e de que a vida que ela carrega em seu ventre é abençoada, é graça, dom de Deus”.
Papa Francisco
“Quem ajuda os doentes e necessitados toca a carne de Cristo, vivo e presente no meio de nós”.
Marilza Aparecida de Oliveira, coordenadora da Diocese de Campanha, município de Varginha (MG) e conselheira de saúde, conta sobre uma gestante que passou a ser acompanhada pelas líderes da Pastoral da Criança no quinto mês de gravidez e que enfrentava uma gestação de risco, em que a altura uterina estava abaixo de 10: “O hospital solicitou à gestante um exame que não era realizado pelo SUS e nem mesmo orientou ela, não fez nada. Um descaso pela vida. A gestante, durante a visita domiciliar contou à líder e disse que não tinha a menor condição de pagar, já que catava latinha para sobreviver. Nesse momento, a líder não mediu esforços, o exame era uma prioridade por conta da gestação de risco. Depois que estava tudo certo, ligamos para a enfermeira de risco e perguntamos sobre o motivo de terem solicitado um exame que não era feito pelo SUS e de não terem orientado a gestante. Em seguida, fomos com os documentos e o preço do exame na Secretaria de Saúde, que acabou arcando com metade dos custos”.
Para a coordenadora, o direito à saúde vem sendo exercido na comunidade, mas de forma muito lenta. “É comum solicitarem um exame que não é realizado pelo SUS. Nesses casos, eu oriento a líder a procurar a Secretaria de Saúde e conversar com os responsáveis”, relata. Para ajudar nesse processo, a Pastoral da Criança conta com os Articuladores de Saúde, voluntários que buscam promover melhorias na saúde e defender o direito das crianças e suas famílias, além de serem a ponte entre a comunidade, os serviços do SUS e os Conselhos de Saúde. “Os Articuladores de Saúde são essenciais, conversando com as famílias, eles levam conhecimentos e as ajudam a entender sobre os seus direitos e como as suas necessidades podem, sim, ser atendidas”, diz Marilza.
Além dos articuladores, Marilza e a equipe de sua diocese contam com uma ajuda muito especial: “O presidente do Conselho de Saúde, está sempre nos ajudando, falando sobre os direitos dos usuários e ensinando as líderes sobre o que fazer”. É também, por meio do conhecimento e da orientação, que ajudamos na efetivação do direito à saúde.
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Boa saúde e bem-estar”
O direito à boa saúde e ao bem-estar faz parte dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU, e procura “atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais, seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos”. A Pastoral da Criança – por meio de suas campanhas e de seus voluntários, entre eles, o Articulador de Saúde – busca promover melhorias e garantir a efetivação da saúde integral.