Durante a assembleia estadual do Pará, em fevereiro deste ano, com a presença dos coordenadores das dioceses, núcleos e multiplicadores das ações, foi realizado uma manhã de estudo sobre a Campanha da Fraternidade 2014 – Fraternidade e Tráfico Humano.
O estudo foi assessorado por integrantes da Comissão Justiça e Paz (CJP) do Pará, que apresentou dados alarmantes. O setor de Marajó, localizado na foz do Rio Amazonas, no estado do Pará, é um dos recordistas de aliciamento no Brasil. Segundo Irmã Veneranda Alencar, Coordenadora Estadual da Pastoral da Criança, a área ribeirinha é uma “grande fornecedora de trabalho escravo”.Os aliciadores levam os moradores para as áreas de fronteira do Brasil com o Suriname e para países como a Espanha e Holanda.
Dom José Luis Azcona, bispo da Ilha de Marajó, alerta que cidades como Portel, Breves, Belém e Ilha de Marajó, no Pará, e Oiapoque no Amapá, estão servindo de rotas para o tráfico internacional de seres humanos e a exploração sexual de crianças. Há três anos o bispo denuncia máficas do tráfico de serem humanos. Após suas denuncias, o Congresso Nacional instalou em 2008, uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou as rotas.
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“Fiquei bem assustada com o que foi apresentado neste estudo. Nós da Pastoral da Criança, sempre defendemos a vida, seja da criança ou do adulto. Esse encontro foi um momento especial de debate, para juntos combatermos essa prática, tão comum no nosso estado”, relata irmã Veneranda.
Como ação concreta desta manhã de estudo, as coordenações das dioceses ficaram com o compromisso de envolver a Pastoral da Criança nas atividades sobre o assunto, junto com a CJP, promovendo fóruns e debates com os líderes e famílias acompanhadas pela Pastoral da Criança em todo o estado, “saímos deste encontro com o compromisso, de todo o estado, colaborar com a Campanha da Fraternidade deste ano”, reforça a Coordenadora do Estado.
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Foto: Setor do Pará