São países em situação de vulnerabilidade em que a Pastoral da Criança Internacional está presente, em especial, Guiné-Bissau, Moçambique e Bolívia. Mas também poderá colaborar com as ações na Venezuela, Filipinas e demais países.
Bolívia
Por que ajudar outros países?
De acordo com o Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 2019, o número global de mortalidade até os cinco anos caiu para o seu ponto mais baixo. Foram 5,2 milhões de mortes se comparado com 12,5 milhões em 1990. Mas ainda falta muito para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de cinco anos. De acordo com as novas estimativas de mortalidade divulgadas pelo Unicef, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Desa) e o Grupo Banco Mundial, “se as tendências atuais continuarem, 54 países não atingirão a meta de mortalidade de menores de cinco anos até 2030 e 61 países não atingirão a meta de mortalidade neonatal”. Reforçam que os ODS pedem o fim das mortes evitáveis, com todos os países objetivando ter uma taxa de mortalidade neonatal de 12 ou menos mortes por 1.000 nascidos vivos, e uma taxa de mortalidade infantil de 25 ou menos, até 2030.
Além disso, com a pandemia da Covid-19, em 2020, as crianças continuam a enfrentar a mesma crise que enfrentam há muito tempo,com altas taxas de mortalidade e desigualdade nas chances de vida. No total, mais de 5 milhões de crianças, incluindo 2.4 milhões de recém-nascidos morreram em 2020, conforme apresenta o Relatório 2021 sobre os Níveis e tendências da mortalidade infantil, levantados pelo Grupo Interagências das Nações Unidas para Estimativa de Mortalidade Infantil (UN IGME).
Outro dado que chama a atenção é o índice de desenvolvimento humano (IDH), uma classificação internacional que leva em consideração saúde, educação, renda e expectativa de vida ao nascer. A escala vai de 0 a 1, sendo que quanto maior o número, melhor é a qualidade de vida da população. Entre 189 países avaliados em 2019, o Brasil está na 84ª posição com índice médio, com IDH de 0,765. O Haiti possui o pior índice do continente americano (0,510) e ocupa o 170º lugar. Nas últimas posições, Guiné-Bissau está na 175ª, com apenas 0,480 e Moçambique na 181ª, com índice de 0,456, que na escala, são índices baixos.
Fonte: https://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2020_pt.pdf.
Mudar essa situação envolve poderes públicos, gestores internacionais e locais, sociedade civil organizada, comunidades e famílias. Todos devem se empenhar em promover vida digna para as crianças e criar um ambiente favorável para que elas possam viver e se desenvolver plenamente.
Quando a Pastoral da Criança começou a agir no Brasil, a situação também era preocupante. Mas, muitos avanços foram conquistados, especialmente com informação e a dedicação dos líderes voluntários. Essa trajetória serve de exemplo para outros países, que podem colaborar com a transformação que suas populações tanto necessitam, por meio de uma metodologia simples e muita solidariedade. Essa mudança não é fácil e rápida. Por isso, a hora de mudar é agora, pensando sempre na missão de levar vida plena para todas as crianças.
Para Rubia Pappini, “realizar a Campanha Pequenos Reis Magos é uma forma concreta de exercer a fraternidade cristã, como nos pede o Papa Francisco, para que sejamos uma Igreja em saída. É uma maravilhosa oportunidade de celebrar o verdadeiro espírito de Natal, que é partilhar amor com os mais necessitados e glorificar a Deus na pessoa do irmão”.
Dados sobre os países beneficiados em comparação com o Brasil
A exposição Juntos pela Vida, que ficou aberta no Museu da Vida de novembro de 2016 a fevereiro de 2017, apresentou informações sobre os países beneficiados pela campanha Pequenos Reis Magos de 2016. Acesse: Exposição "Juntos pela Vida".