Voluntários da Pastoral da Criança durante a pesagem de crianças em Novo Hamburgo-RSVoluntários da Pastoral da Criança durante celebração da vida em Novo Hamburgo-RS

O tema da semana da Pastoral da Criança é a vulnerabilidade social. Esse é um termo amplo, com vários sentidos. Em geral, uma pessoa em vulnerabilidade social é uma pessoa em situação de fragilidade, exposta a algum tipo de risco. A vulnerabilidade é causada por vários fatores, compreendendo questões pessoais, sociais, econômicas, culturais e territoriais. 

Mas e como a vulnerabilidade social afeta as crianças?

No Brasil, uma em cada dez crianças com até 3 anos tem risco de baixo desenvolvimento no futuro. O alerta é resultado de uma pesquisa realizada pelo Projeto Pipas – Primeira Infância Para Adultos Saudáveis, divulgada em 2023 em parceria entre o Ministério da Saúde e a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.   

Os dados a seguir mostram como a vulnerabilidade social pode afetar o desenvolvimento das crianças em diferentes áreas.

  • Saúde: 14,8% das crianças não foram atendidas por uma equipe de saúde em sua primeira semana de vida. 
  • Nutrição adequada: apenas 57,8% das crianças menores de 6 meses estavam em aleitamento materno exclusivo
  • Aprendizagem: 24% das crianças menores de 3 anos não tinham nenhum livro infantil ou de figuras em casa
  • Tempo de tela: 33,2% das crianças menores de 3 anos assistem a programas ou jogam na televisão, no smartphone ou no tablet por mais de duas horas diárias. 
  • Disciplinas punitivas: 33% dos cuidadores de crianças menores de 3 anos consideram que gritar com elas ou dar umas palmadas são medidas necessárias para educá-las. 
  • Estimulação: 42,8% dos cuidadores de crianças menores de 3 anos relataram nunca ter recebido informações sobre desenvolvimento infantil por profissionais da saúde, educação ou assistência social.

Milhares de voluntários da Pastoral da Criança trabalham para auxiliar crianças e famílias em situação de vulnerabilidade social em todo o Brasil. Os voluntários auxiliam as famílias na garantia de seus direitos, além de atuarem em conselhos municipais, cobrando as autoridades e participando da elaboração de políticas públicas.    

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