Foto: Doriana
Para ter uma gravidez tranquila ou, no mínimo, bem cuidada, é preciso se preparar antes. Por isso, quando se fala em gestação, o planejamento é fundamental. O ideal é que o casal se prepare antecipadamente, com exames, vacinas em dia, e, em alguns casos, até mesmo perda de peso e a parada ou ingestão de determinados medicamentos. Esse prazo seria de pelo menos três meses, tempo necessário para que a futura mãe inicie a ingestão de ácido fólico – muito importante antes e durante a gravidez – e faça os exames necessários para ter certeza que sua saúde está em perfeito estado para a gestação.
Mas qual o papel dos líderes da Pastoral da Criança, se eles acompanham mulheres grávidas e crianças? “Essencial”, indica Simone Aparecida da Silva, coordenadora na Paróquia Santo Antão, em Pontão, Rio Grande do Sul. Ela conta que encontra muitos casos de mulheres que desejam engravidar, mas por motivos diversos, não conseguem. E que nesses momentos, a ação pastoral também é uma grande contribuição. “Nós mostramos que a Pastoral da Criança não se resume à [ações de] saúde, mas também é amor, apoio e espiritualidade. E isso ajuda bastante”.
Saiba mais
Ela acompanha a situação de um casal que aguardou cinco anos para engravidar. Quando decidiram que o momento havia chegado, fizeram exames, a mulher fez tratamento para endometriose e os dois tiveram acompanhamento médico durante todo o período. Por duas vezes, ela engravidou e perdeu o bebê com poucas semanas. A líder que já havia até cadastrado a família, com a fatalidade, passou a observar o caso de perto.
Dra. Zilda
“Para que a gente seja feliz, é preciso que a gente ame com ardor missionário a todos que Deus nos confiou. Quanto mais a gente se dedica, mais amor a gente sente”.
Papa Francisco
"A Igreja reconhece a indispensável contribuição da mulher na sociedade, com uma sensibilidade, uma intuição e certas capacidades peculiares, que habitualmente são mais próprias das mulheres que dos homens”.
Orientação
As orientações da líder sempre foram a realização de exames, o cuidado com a alimentação e com a saúde, de uma maneira geral. Mas ela foi além, e sugeriu buscar a avaliação de um segundo profissional. “Mudar de médico é importante para ter mais de uma opinião”, aponta. A indicação foi correta: o novo profissional descobriu que a mãe tinha uma doença que causava os abortos. Atualmente, a mulher está em tratamento e aguardando a liberação do médico para engravidar. “Continuo acompanhando porque sei que ela tem que ter muito apoio, e também porque quando engravidar, essa gravidez pode ser de risco”, esclarece.
Iracema Posser Silva, coordenadora da Pastoral da Criança na Diocese de Passo Fundo, estado do Rio Grande do Sul, passou por situação semelhante à de Simone. Ela acompanhou o caso de uma mulher que teve duas gravidezes que não se desenvolveram até o final. A coordenadora afirma que esteve com a mãe em todos os momentos de dificuldade. Ela e outras líderes se revezavam no acompanhamento da mulher dando apoio no período. Da mesma forma que aconteceu em Pontão, buscar a opinião de um segundo profissional foi decisivo para que a gestação acontecesse. “Ela se cuidou, tratou a pressão alta, ficou em repouso. E nós [líderes] fomos acompanhando e dando muita força. Hoje ela tem um bebê de dois anos, que nasceu bem e é acompanhado”, relata.