Roda de conversa com a psicologa

Líderes do Rio de Janeiro fazem roda de conversa com psicóloga sobre hiperatividade e déficit de atenção

Elas pulam, correm, gritam, sobem e descem, e parece que a energia nunca acaba. As crianças diagnosticadas com déficit de atenção ou hiperatividade são mais inquietas que o normal, além disso, têm dificuldade em manter a concentração, controlar a impulsividade e agitação.

E foi este o cenário que a líder Ana Luisa Freire, do Rio de Janeiro (RJ), encontrou no seu grupo. Ao perceber que, além destes sinais, um menino de cerca de 4 anos estava apresentando também indícios de agressividade, ela foi em busca de ajuda profissional. “Durante a Celebração da Vida ou ele agitava todo mundo, ou as crianças ficavam assustadas com a agressividade”, conta a líder.

Uma psicóloga foi chamada para acompanhar o grupo. Líderes e pessoas de apoio da Pastoral da Criança passaram a conviver quase que mensalmente com a psicóloga, que dava dicas de como tratar cada situação, além de palestras para que todos pudessem identificar possíveis casos, orientar os pais e tentar entender o contexto de cada família, para compreender o que estava passando com a criança.

Acompanhamento profissional

Dra. Zilda

“O melhor resultado para a paz nas famílias é cuidar bem das crianças, para que elas tenham oportunidade de se desenvolver, tenham saúde, alegria de viver e fé em Deus”.

Papa Francisco

“Precisamos ver cada criança como um presente a ser saudado, acarinhado e protegido”.

No tempo que acompanhou a equipe da Pastoral da Criança no Rio de Janeiro, a psicóloga identificou que, sim, o menino apontado pela líder sofria de hiperatividade, Mas, também por outros problemas familiares, o que causou uma mudança no trabalho com a família, além de acompanhamento direcionado, feito até na escola do menino.

“Durante a Celebração da Vida tínhamos que deixar uma líder só pra cuidar dele, porque ele perdia o controle”, relata a líder. O trabalho durou cerca de um ano e meio e hoje as mudanças são visíveis. “A criança era estressada por conta da violência que via em casa. Agora ele conversa, beija, obedece todos”, conta Ana.

O amor transforma

Dois anos depois, o que se percebe na fala da líder é o carinho pela família que ajudou a transformar a realidade, e pelo trabalho que ela realiza desde 2008 na Pastoral da Criança. “Sabe qual foi o ingrediente principal no trabalho feito com esta família? O amor, porque nós amamos essa família – assim como as outras – mas a equipe trabalhou unida junto com eles, visitando sempre, ficando com as crianças para que a mãe – que era tão estressada pelos problemas – pudesse descansar”, conclui.