Prezado líder, em abril de 2014, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma entidade muito respeitada na área de saúde, alertou para a possibilidade de o vírus chikungunya se espalhar pelo Brasil e outros países da América do Sul. O vírus causou epidemias na Ásia, África, Europa e Caribe. A doença chikungunya (palavra originada na Tanzânia que significa ficar contorcido ou curvado por causa das dores nas articulações) tem sintomas parecidos com a dengue e também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Um estudo desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com o Instituto Pasteur, revelou que, em cidades populosas com grande infestação do mosquito, o risco da doença se espalhar é alto.
Segundo os coordenadores do estudo, desde 2004, o vírus se espalhou pelo mundo e já houve registro de casos no Brasil de pessoas que viajaram para outros países. É preciso agir para evitar uma epidemia, pois os mosquitos transmissores são os mesmos da dengue.
Além do Aedes aegypti, outro mosquito, o Aedes albopictus é capaz de transmitir o vírus da chikungunya. O estudo constatou que o inseto é capaz de realizar esse processo dois dias depois de ser infectado.
Não existe vacina, nem remédio para combater a chikungunya. O tratamento da doença é semelhante ao da dengue, com hidratação constante e medicamentos para aliviar as dores, que costumam atingir músculos, articulações e cabeça, podem perdurar por vários dias e podem até levar a pessoa à morte. A única maneira de evitar essa doença é impedir a reprodução do mosquito.
Sinais da doença
Na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). O sinal característico da enfermidade é a dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
Ao contrário do que acontece com a dengue (que provoca dor no corpo todo), não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.
Busca pelo serviço de saúde
A confirmação da doença deve ser realizada com avaliação clínica cuidadosa e exames laboratoriais. As amostras de sangue para análise devem ser enviadas para os laboratórios de referência nacional.
Tratamento
Na fase aguda, o tratamento contra a febre chikungunya é realizado com ajuda de analgésicos e antitérmicos para aliviar os sintomas. A pessoa doente deve beber água com frequência para se manter hidratada. Quando a febre terminar, mas a dor nas articulações persistirem, podem ser receitados medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia.
Prevenção
A prevenção acontece com medidas simples em casa e arredores, que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença. Muito semelhante ao combate à dengue. Segundo o Ministério da Saúde, os serviços de saúde e de vigilância sanitária devem estar alertas. Líder, sempre que possível, transmita para outras pessoas quais são os sinais da doença e as formas de prevenção.
Clóvis Boufleur
Gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança