“Não tenha medo de ir
ao encontro do outro.”
(Papa Francisco)

Querido(a) líder:

Você sabe que para mim é sempre uma alegria ter a oportunidade de conversar com você. Através de nosso Jornal, podemos ter este contato com frequência. Tudo o que ele contém é para nossa formação contínua integrada. E também esta conversa mensal serve para que, juntos, possamos crescer na amizade, no amor mútuo, animando-nos na caminhada da missão que Deus nos chamou.

Este mês a nossa conversa vai ser sobre o dia 20 de novembro, Dia Mundial de Oração e Ação pela Criança, data proposta pela Rede Global de Religiões pelas Crianças (GNRC) para ser um momento especial de ação e reflexão em torno da infância. Agir em favor das crianças, nós já o fazemos todos os dias. O que este dia quer nos lembrar é que, além disto, precisamos rezar com as crianças e pelas crianças. Lembro-me da canção do Pe. Zezinho “... Que a criança aprenda no colo o sentido da vida.” Hoje, podemos dizer que a criança aprende desde o ventre materno o sentido da vida.

Na verdade, nós rezamos, sobretudo, pelas pessoas que agem em favor das crianças para que possam mudar o modelo de sociedade que temos hoje nos países, pedindo ao Senhor da Vida que nos ajude “a lutar contra as causas que promovem o empobrecimento, a injustiça e a opressão das crianças e suas famílias” (Oração pela Criança).

Depois, rezamos pelo seu “bem estar e o respeito pelos seus direitos”. “Que ela receba as vacinas e o leite materno, alimentação adequada, água limpa, educação de qualidade, moradia digna, proteção e amor”. Também, devemos lembrar de agradecer todo o bem que é feito por tantas pessoas de boa vontade. Finalmente, pedimos que Deus nos dê muita força para continuar a nossa missão de “construir um mundo no qual a criança possa ter vida e vida em abundância”. (idem)

Seria bom, querido líder, neste mês, preparar bem este Dia de Oração e Ação em sua comunidade, junto com as mães e as gestantes. Neste momento, é bom aprender com o povo da Bíblia que se dirigia a Javé com a consciência que pertencia a seu povo e, como povo de Deus, tinha a certeza de que seria atendido, porque Javé tinha feito uma aliança com seu povo: este era o seu povo e Deus era o seu Deus.

Estimado líder, em nossa oração pelas crianças, vamos envolver, também, os nossos irmãos na fé. Por que não convidar outras pastorais que trabalham junto às crianças, como a Pastoral do Batismo e a Pastoral Catequética? Por que não convidar outras Igrejas que acreditam no mesmo Senhor da Vida para que, juntos, possamos não só rezar, mas também construir um mundo de esperança e mais digno para todas as crianças que são muito amadas por Deus?

Líder, sabemos que a violência existe nas famílias pobres e ricas. Nas comunidades, a falta de trabalho para os pais, as drogas, as bebidas alcoólicas e a baixa oferta de oportunidades positivas para as crianças e jovens podem contribuir para a violência. Aproveite esse dia para discutir o assunto. Reúna outras entidades e tradições religiosas; faça debates sobre os problemas que as crianças enfrentam e como todos podem colaborar com pelo menos uma ação de construção da paz nas famílias, na comunidade e na sociedade.

Deixo, aqui, essas ideias para que você e sua comunidade valorizem muito estes momentos de prece pelas pessoas que se comprometem com as crianças, para que nunca desistam de sua missão. Ao contrário, tenham sempre muito entusiasmo pela sua missão, que é muito agradável aos olhos de Deus.

Um abraço, com meu carinho e preces, sempre na busca de lançar as redes para as águas mais profundas.

Irmã Vera Lúcia Altoé
Coordenadora Nacional
da Pastoral da Criança